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06/04/2012 - 08:06

Dependência química: uma doença que mata

O Brasil é um dos lideres no consumo de drogas em todo o mundo. De acordo com o relatório das Nações Unidas, o país é o segundo maior consumidor mundial de cocaína. Como resultado são cerca de 900 mil consumidores dessa droga só no país.

Já entre as drogas lícitas, segundo dados recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), o brasileiro consome aproximadamente 18,5 litros de álcool puro por ano. Para chegar a esse número somou o teor alcoólico das principais cervejas do país, a quantidade de latas e copos ingeridos pela população.

Os dados alarmantes são de apenas duas das drogas consumidas no país, o que comprova que a dependência química é uma doença grave que deve ser discutida e tratada seriamente pelo governo e população.

Segundo a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, a grande maioria das pessoas começa com pequenas dosagens das sustâncias e devido a uma franqueza psicológica passa a necessitar cada vez mais da mesma. “As pessoas têm uma falsa ilusão que com o álcool, o cigarro e as outras drogas vão conseguir refugiar-se dos problemas. A princípio, tais substâncias provocam uma sensação boa de alívio e preenchimento. Neste estágio, as pessoas desejam cada vez mais. É quando já estão viciadas. Do vício para dependência é um passo”, afirma a médica.

O começo-Busca de prazer, refúgio dos problemas, diversão, ansiedade, coragem para enfrentar as diversidades da vida. Essas são algumas das razões que levam milhares de pessoas em todo mundo a buscar algum tipo de droga para se sentir melhor.

Soraya Hissa explica que a dependência química ou física é diferente de vício. “O vício é geralmente caracterizado pela necessidade compulsiva da droga, enquanto a dependência química é definida pela tolerância a droga e sintomas de abstinência quando há descontinuidade no uso. O vício de drogas é considerado um estado patológico”, afirma a médica.

Após o vício-Uma vez necessitando da droga, a pessoa passa a correr vários riscos e sofrer com as consequências, como problemas de relacionamentos, sexuais, profissionais, emocionais e físicos.

“Após dependente, o indivíduo entra em um ciclo perigoso no qual o maior prejudicado será ele mesmo. As primeiras consequências serão as físicas, que prejudicaram os relacionamentos e o trabalho. Esses dois setores da vida, se não estiverem bem, o viciado buscará refúgio nas drogas. Faltará dinheiro para comprar o que tanto deseja, então passará a roubar ou a dever a quem vende. Se essa dependência não for tratada a tempo essa pessoa morrerá devido ao uso excessivo ou, até mesmo, poderá ser assassinada”, alerta a psicanalista.

Ainda há grande risco de doenças infecciosas devido ao uso comum de seringas para a injeção de drogas, como a AIDS e Hepatite B e C.

Tratamento-Para a médica Soraya Hissa, o melhor tratamento é sempre a prevenção. “Informação, educação e diálogo são apontados como o melhor caminho para impedir que jovens se viciem. Uma criança bem orientada será um adulto mais preparado”, acredita.

Mas, para quem segue pelo caminho das drogas, o apoio familiar e o desejo da pessoa em melhorar são imprescindíveis. O tratamento recomendado são a psicoterapia e a participação em grupos de apoio. Para combater o vício, além das terapias são usados medicamentos que reduzem os sintomas da abstinência ou que bloqueiam os efeitos das drogas.

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