Gerenciamento de risco ganha importância, mas ainda não está na estratégia das empresas, aponta pesquisa da KPMG

Diante da exigência estabelecida pelos gestores empresariais de que as áreas de governança corporativa, gerenciamento de riscos e compliance (GRC – governance, risk and compliance, em inglês) estejam sendo geridas de modo eficiente e com eficácia em suas atribuições, o tema ganhou espaço na pauta dos Conselhos de Administração das empresas. É o que revela a pesquisa The Convergence Evolution (A evolução da convergência, em português), realizada pela KPMG Internacional.

A pesquisa global, que envolveu 177 executivos de diversos setores e regiões, constatou que 41% dos conselhos estão levando as áreas de GRC muito a sério, em comparação com apenas 10% dos pesquisados que assim avaliavam esse quesito antes da crise financeira. O aumento do apetite por valorizar as questões de governança, gerenciamento de risco e compliance é, segundo os respondentes, impulsionado principalmente pelo desejo de reduzir a exposição ao risco (51%) e pela necessidade de enfrentar a complexidade global dos negócios (35%).

“As organizações estão claramente dando mais destaque à integração das atividades de governança, risco e compliance, embora a maioria continue em uma etapa inicial da convergência de GRC, sendo que a complexidade e a falta de experiência nessas áreas são fatores que representam desafios importantes”, afirma André Coutinho, sócio da área de Internal Audit, Risk & Compliance Services da KPMG no Brasil.

De acordo com os executivos ouvidos para a pesquisa, o board executivo (48%) e os órgãos reguladores (43%) são as instâncias que exercem a maior pressão para que haja melhorias na convergência das atividades de GRC.

Para atingir os resultados esperados, 89% dos respondentes afirmaram que os custos das atividades de GRC aumentaram, com 75% das empresas gastando até um décimo das suas receitas anuais nesse segmento.

No entanto, apenas 9% das empresas incluem as atividades de GRC em suas estratégias de negócios. Dessa forma, somente 38% dos respondentes disseram que suas organizações foram eficazes em compartilhar informações e recursos entre as áreas, e menos de um terço deles afirmaram que suas empresas foram eficientes em assegurar uma abordagem de GRC consistente.

“A convergência da atividade de governança, risco e compliance em um programa que englobe toda a empresa pode fornecer uma maneira eficiente de atingir um gerenciamento de riscos eficaz”, conclui Coutinho.

Pesquisa - A KPMG International contratou a Economist Intelligence Unit para realizar esta pesquisa global visando avaliar a convergência da governança, gerenciamento de riscos e compliance (GRC). A pesquisa analisa as forças propulsoras por trás da convergência, os custos e benefícios percebidos e as barreiras para atingir esse objetivo.

A pesquisa de junho de 2011 envolveu 177 executivos de uma ampla gama de setores e regiões, com cerca de um terço cada das regiões da Ásia-Pacífico, Américas e Europa, Oriente Médio e África. Mais da metade dos respondentes representa empresas com receitas anuais superiores a US$ 500 milhões. Todos os respondentes tiveram influência sobre ou responsabilidade pelas decisões estratégicas de gerenciamento de riscos, e mais da metade deles eram executivos de nível gerencial ou diretivo.

.[www.kpmg.com/Global/en/IssuesAndInsights/ArticlesPublications/Documents/the-convergence-evolutionv2.pdf ].

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No Brasil, a empresa tem aproximadamente 4 mil profissionais distribuídos em 21 cidades de 12 Estados e Distrito Federal.