Indústria do couro aprova medidas, mas cobra ações definitivas

O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), entidade que representa as indústrias processadoras de couros, considera positivas as novas medidas do Programa Brasil Maior, mas entende que o setor demanda de ações definitivas, de longo alcance.

O presidente-executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello, elogiou as medidas anunciadas ontem pelo governo no âmbito do Plano Brasil Maior, mas diz que é preciso investir em ações definitivas para aprimorar e modernizar a infraestrutura do País e torná-lo mais competitivo. “O Brasil está muito caro, a burocracia ainda é muito grande e o Estado é lento”, diz ele. Além de investimentos que se traduzam em melhorias da infraestrutura e da redução da carga tributária, Bello lembra que é preciso ampliar a capacitação de mão de obra, abrir linhas de crédito para médias empresas e regulamentar a lei que identifica o uso correto do couro em calçados, artefatos, entre outros.

O presidente do CICB destaca, entretanto, o impacto positivo de algumas medidas tributárias, como a desoneração da folha de pagamentos e do IPI. “Neste contexto, o aumento do Proex representa um alívio para as indústrias exportadoras de couros”, afirma Bello. A indústria do couro movimentou US$ 2,05 bilhões com as exportações realizadas em 2011, registrando, assim, participação de 6,86% no saldo da balança comercial brasileira.