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11/04/2012 - 10:26

Café: levantamento de safras destaca quedas acentuadas nos preços em março

A proximidade da safra nova e o crescente interesse de produtor para a negociação de remanescente contribuíram com o recuo”, aponta Gil Barabach, analista sênior de Safras & Mercado.

Os preços do café caíram de forma consistente no mercado físico brasileiro ao longo do mês de março. As perdas foram tanto em reais quanto em dólares. É o que mostra levantamento da consultoria SAFRAS & Mercado. O mercado seguiu as perdas externas, com destaque para a baixa do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures).

O segundo contrato de café negociado na ICE em NY caiu 10,48% em março, fechando o mês com preço médio de US$ 250,18 a saca de 60 quilos (189,13 cents/lb). Segundo o analista sênior de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a perda externa foi compensada em parte pela valorização do dólar. A divisa norte-americana subiu 4,47% fechando o mês com cotação média de R$ 1,7940. A soma ainda deu negativa, o que explica a pressão sobre os preços internos. A proximidade da safra nova e o crescente interesse de produtor para a negociação de remanescente contribuíram com o recuo, aponta Barabach.

O arábica de bebida dura tipo 6 do Sul de Minas Gerais terminou março cotado em média a R$ 391,64 a saca de 60 quilos, com desvalorização de 11,79% em relação a fevereiro, quando trocava de mãos a R$ 444,00 a saca. Perde o importante referencial de R$ 400 a saca. Em divisa norte-americana, a bebida dura sul-mineira caiu 15,57%, negociada a US$ 218,30 a saca. A bebida mais fina do Cerrado mineiro alcançou preço médio de R$ 403,41 a saca de 60 quilos em março, com perdas de 10,72% na comparação com fevereiro (R$ 451,84). Em divisa estrangeira recuou 14,54%, com bica fina do Cerrado em torno de US$ 224,87 a saca.

A bebida Rio tipo 7 da Zona da Mata de Minas Gerais voltou a cair menos que o café duro, encontrando suporte no interesse de compra interno, na oferta curta e na fidelidade externa, coloca o analista de SAFRAS. Trocou de mãos a R$ 308,41 a saca, desvalorização de 7,46%. Em dólar, a bebida Rio trocou de mãos a US$ 171,91 a saca, queda de apenas 11,42% em comparação ao mês anterior. O arábica duro com 600 defeitos também caiu menos que os cafés de bebida dura destinados à exportação. A demanda interna aquecida segurou a onda baixista, observa Barabach. Em março, esse café foi negociado a R$ 309,55 a saca, baixa de 7,45%.

O conillon tipo 7 capixaba caiu 5,73% em março, negociado a R$ 248,18 a saca. Em divisa estrangeira, foi vendido a US$ 138,34 a saca, baixa de 9,76%. Segundo Gil Barabach, o avanço de café novo pressiona cotações, com mercado encontrando alento no bom desempenho externo. O referencial londrino sustenta-se acima do importante suporte de US$ 2.000 a tonelada, com o robusta na LIFFE valorizado em 3,10% em março. A retranca do Vietnã oferece suporte às cotações no terminal londrino, completa.

. Quadro com o comparativo da evolução mensal dos preços médios em reais e em dólares e em outros períodos:

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