População com diabetes na América do Sul e Central crescerá 59% até 2030

Segundo especialista, Brasil e México se consolidarão como líderes sul-americanos no ranking da doença.

Em sua apresentação 1 CIMES (Congresso da Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde), o Diretor de Healthcare na America Latina da Consultoria americana Frost & Sullivan, Eduardo Golisano sentenciou que as altas taxas de prevalência de sobrepeso são as principais causadoras do diabetes no mundo. Segundo ele, até 2015, no Brasil, 67% dos homens e 74% das mulheres no Brasil sofrerão com a doença. Na América do Sul e Central, 12,3% de todas as mortes são devido ao diabetes.

O especialista contou que o Brasil hoje é o quinto colocado no ranking mundial da doença, com 12, 2 milhões de diabéticos, na faixa etária de 20 a 79 anos. A perspectiva é que esse número pode aumentar para 19,6 milhões até 2030.

A população está aumentando e está cada vez mais exposta as mazelas da vida moderna: além dos fatores genéticos, a má alimentação e o sedentarismo expõe as pessoas a essa e a outras doenças.

A partir desse cenário, Golisano explica que a indústria de cuidados para a saúde precisa focar seus investimentos em inovações que melhorem o diagnóstico e o acompanhamento desses doentes: Precisamos de soluções melhores para os pacientes diabéticos, principalmente no que diz respeito à interatividade, aproveitando o boom tecnológico, com medidos de glicose interativos, medidores de pressão arterial e de gordura, novos aplicativos para smartfones que facilitem e lembrem a hora da medicação, que ajudem o paciente a ter uma vida mais saudável.

Para o especialista, o Brasil e a América Latina serão os destinos prioritários dos investimentos em inovação e tecnologia para saúde.

O 1 Cimes aconteceu nos dias 10 e 11 de abril, em São Paulo, e buscou soluções para impulsionar a indústria do setor de equipamentos médicos.

O Cimes -O 1 Cimes é promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório (Abimo), em parceria com a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec). O evento é patrocinado pela ABDI e Sebrae e tem apoio do CNPq, CAPES, Ministério da Saúde e Ministério da Ciência e Tecnologia.