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18/04/2012 - 07:42

Balanços das empresas confirmam processo de desindustrialização

Levantamento realizado pela auditoria independente KSI Brasil confirma que compra de peças e componentes importados está se acelerando.

Empresas brasileiras estão optando cada vez mais por fabricantes estrangeiros na compra de insumos, peças e produtos acabados. Esse movimento é visível nos balanços contábeis de inúmeras empresas – tanto da indústria quanto do varejo -, segundo constatou levantamento da auditoria e consultoria KSI Brasil realizado junto a diversos setores.

“O item dos balanços que aponta os gastos com fornecedores estrangeiros tem crescido de forma expressiva, comparativamente aos índices dos últimos anos”, destaca Ismael Martinez, sócio-diretor da KSI Brasil.

A análise foi feita com representantes da indústria de máquinas, veículos automotivos, varejo e até mesmo da construção civil. Dentre esses, a participação de componentes importados está crescendo principalmente na indústria automobilística, de motocicletas e máquinas agrícolas. Isso se deve não só à valorização do real frente ao dólar e à perda de competitividade da indústria brasileira, mas também à tendência crescente da indústria de repassar atividades menos nobres e estratégicas do processo de fabricação para empresas do exterior.

No caso da indústria da construção civil, soma-se a necessidade de evitar aborrecimento com fornecedores internos comprometidos com um número de demandas maiores do que podem atender.

“Com o real forte, tornou-se mais vantajoso terceirizar a fabricação de peças na China ou importar o produto acabado, principalmente quando os processos produtivos requerem tecnologia e equipamentos muito sofisticados”, analisa o sócio-diretor da KSI Brasil.

No setor de máquinas agrícolas, por exemplo, empresas brasileiras de fundição, usinagem e solda estão perdendo terreno para os asiáticos, que têm peças para pronta entrega a preços mais vantajosos. “Isso é percebido nos balanços, quando aferimos a diminuição no valor adicionado da indústria e a redução de emprego”, alerta Martinez. Por valor adicionado entende-se a contribuição de um recurso (no caso, insumos e peças de fornecedores brasileiros) na fabricação de um produto.

Paralelamente, muitas indústrias instaladas no País direcionaram suas atividades para outras funções. Caso das empresas de autopeças, que, além de produzirem as peças, são obrigadas a fazer sua instalação no veículo. O varejo também tem apresentado mudança nesse sentido ao transferir a organização de produtos em araras – caso do setor de vestuário e calçado – para as empresas de logísticas, que entregam as mercadorias prontas para a comercialização.

O consumo crescente das classes emergentes também ampliou a necessidade da indústria oferecer preços competitivos. Em um cenário de câmbio desvalorizado, a importação foi ainda mais favorecida.

A KSI Brasil é uma das principais auditorias e consultorias do segmento do middle market no País. A empresa é resultado da associação da brasileira Imáteo – fundada em 1995 e com atuação destacada no segmento do middle market – com a auditoria britânica KS International – que está entre as 25 maiores auditorias do mundo, segundo a revista de contabilidade Accountancy Age.

A atuação da KSI Brasil inclui serviços de auditoria independente, consultoria legal, tributária e trabalhista, serviços de outsourcing, contabilidade, corporate secretarial (abertura de empresa, manutenção das obrigações legais, vistos, entre outros) e de recursos humanos.

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