PCHs perdem espaço para eólicas no mercado de energia

Trade Energy analisa o setor e aponta soluções para que as Pequenas Centrais Hidrelétricas sejam mais competitivas, como a venda para o mercado livre .

O primeiro trimestre do ano foi marcado por significativas movimentações no mercado de energia principalmente no que se refere às fontes incentivadas. Nos últimos leilões realizados, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) perderam em competitividade para as eólicas, que apresentam preços na faixa de R$ 100 por MWh, enquanto as PCHs estão no patamar entre R$ 150 a R$ 160 por MWh. “Dentro do mercado, as PCHs foram prejudicadas porque não conseguiram acompanhar o comportamento das eólicas”, afirma Luís Gameiro, diretor da Trade Energy.

Dentre os caminhos para se reverter este quadro, o executivo aponta que “seria interessante que o Ministério de Minas e Energia promova leilões separando as fontes, ou apresente pesos diferentes. É importante ter uma PCH que conte com sazonalidade diferente de uma eólica, porque as duas se complementam”. Outros fatores que influenciam este cenário são a isenção de impostos e a importação de equipamentos que beneficiaram as eólicas, cujo baixo preço ocorre também em função da crise do mercado europeu.

Como a energia eólica não conta com o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) disponível para as PCHs, as empresas que compram energia de eólicas também precisam gerenciar o aspecto da sazonalidade das fontes de energia.

A Trade Energy está desenvolvendo produtos como swaps temporais de energia, para que geradores eólicos possam comercializar suas energias no mercado livre, de forma a proteger suas sazonalizações naturais de geração.

A Trade Energy é uma comercializadora independente com foco nos consumidores livres de energia elétrica, em pequenos e médios produtores independentes de energia. Tem grande experiência no setor, onde existe a possibilidade de gestão sobre este insumo, resultando custos menores e previsibilidade de preços futuros, o que garante economia e segurança com a contratação de energia elétrica. Fundada em 1998, a empresa foi uma das primeiras comercializadoras autorizadas pela ANEEL para atuar no mercado livre de energia e a ingressar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). | www.tradeenergy.com.br.