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23/04/2012 - 07:40

Fundos de Private Equity preveem ampliar investimentos no Brasil

Alocações deverão aumentar em cenário econômico positivo. Alternativas como fundos de fundos, veículos já populares em outros países, também estão ganhando espaço no Brasil.

Apontado como um dos países que está na prioridade de investimento dos fundos de Private Equity, o Brasil deverá receber mais recursos estrangeiros. Esta semana, durante o Congresso ABVCAP 2012, gestores de fundos como a Hamilton Lane e Export Development Canadá apontaram o interesse em ampliar os investimentos no mercado local.

Com US$ 145 bilhões aplicados em fundos de private equity, a Hamilton Lane anunciou que pretende ampliar os recursos aportados no Brasil, que no ano passado totalizaram US$ 1,2 bilhão, o equivalente a 10% do seu portfólio, segundo revelou Andrea Kramer, diretora da gestora. Ela observou que a exposição da empresa aos mercados emergentes, que tradicionalmente era de 5%, está se ampliando e pode chegar a 10%.

Robert Sturgeon, senior investment manager da Export Development Canada, conta que os investimentos da empresa no Brasil representam 2% do portfólio e cresceram 9% nos últimos cinco anos. “Em termos de interesse, o Brasil fica hoje atrás apenas dos Estados Unidos e da China”, acrescenta.

De acordo com Ricardo Mizukawa, diretor superintendente da Bradesco Asset Management, a indústria de fundos do Brasil já é a sexta maior do mundo, com R$ 2 trilhões, e vem registrando crescimento médio de 20% ao ano. Grande parte dos investidores são os fundos de pensão. Apesar disso, a penetração do private equity ainda é baixa se comparada a outros países, havendo, portanto, muito espaço para crescer.

As perspectivas dos investidores institucionais no Brasil e as estratégias da indústria da private equity para atrair novos investimentos foram alvo de debate no Congresso ABVCAP 2012, maior evento do setor de Private Equity e Venture Capital da América Latina, promovido pela ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital).

O diretor presidente da Capital Dynamics, Thomas Kubr, falou sobre o fundo de fundo que, como o próprio nome já diz, é um fundo que investe em outros fundos de investimentos. “Entre as vantagens desse tipo de veículo está a possibilidade de o investidor ter acesso a grandes gestores e fundos de alta performance com um capital muito mais baixo”, explica.

Outro caminho para captar mais recursos para o private equity são os fundos de pensão que, nos Estados Unidos, investem, no mínimo, 5% de seus recursos em private equity, de acordo com François Racicot, consultor da Mercer. Ele conta ainda que esse tipo de fundo gerou, nos últimos 20 anos, retorno 4% superior aos índices de public equity. “Há carteiras de fundos de pensão que chegam a investir até 15% em private equity, metade disso em buyout e o restante se divide em venture capital e mezanino, que vem ganhando cada vez mais espaço”, destaca.

Mercados emergentes são os mais atraentes para os investidores internacionais-Um dos desafios da indústria global de private equity, cujo modelo está passando por profundas mudanças, é crescer de forma racional, incorporando um processo disciplinado e reflexivo. Essa foi uma das questões abordadas na palestra ministrada por Josh Lerner, professor-titular de investment banking da Harvard Business School durante o Congresso ABVCAP.

“Empresas com atuação especializada têm mais chances de obterem melhores resultados”, declarou Lerner, acrescentando que os gestores de private equity já se assemelham a asset managers em função de estarem diversificando sua atuação.

Outro ponto enfatizado pelo docente de Harvard foi a necessidade de um maior engajamento entre gestores e investidores, o que resultaria, segundo ele, em oportunidades para co-investimentos, redução de despesas, treinamento e retenção de profissionais, entre outros benefícios. “Os gestores precisam investir mais no relacionamento com os investidores, em parcerias reais, pensando sempre no longo prazo”.

Lerner reforçou, em sua apresentação, a tese de que os países emergentes, em especial o Brasil, estão entre os mercados mais atraentes para investimentos. “O desafio está em identificar o momento ideal para investir”.

O Congresso ABVCAP é organizado anualmente pela ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital).

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