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24/04/2012 - 08:58

CNI propõe pacto pela competitividade em solenidade da Inconfidência Mineira

Ouro Preto, MG – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, fez um paralelo entre a derrama, que provocou a Inconfidência Mineira, e a alta carga tributária atual, ao propor no dia 21 de abril (sábado) à noite, , na solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto, um pacto pelo aumento da competitividade das empresas brasileiras.

“Assim como fizeram os inconfidentes, há mais de dois séculos, é imperativo que a sociedade brasileira se una em um pacto a favor do país – trabalhadores, empresários, o governo e o poder legislativo”, conclamou o presidente da CNI, principal orador da cerimônia promovida pelo governo de Minas Gerais, função que coube pela primeira vez a um empresário.

Lembrou que a derrama representava 20% do valor da produção no Brasil colonial e, hoje, a indústria de transformação, que detém 14,6% do Produto Interno Bruto (PIB), arca com 33,9% da carga tributária. Informou que o custo das empresas para se manterem em dia com as obrigações tributárias atingiu R$ 4 bilhões em 2011, equivalentes a 0,75% do PIB da indústria, e que 40,3% dos preços dos produtos industriais são impostos.

Andrade enfatizou que a indústria brasileira paga o dobro da tarifa de energia elétrica cobrada nos Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha, quatro vezes mais do que nos Estados Unidos pelo gás natural, 11 pontos percentuais acima dos encargos previdenciários do México, Argentina e quatro outros países. Acrescentou que o custo financeiro da indústria brasileira é 7,3 vezes maior do que o das empresas instaladas em países desenvolvidos. Para agravar tal quadro, assinalou, o câmbio se valorizou 32,3% nos últimos cinco anos.

Segundo o presidente da CNI, as novas medidas do Plano Brasil Maior, anunciadas no último dia 3, são positivas ao desonerar setores da indústria, reduzir encargos trabalhistas, ampliar o crédito e estimular as exportações. “Ainda não é o suficiente, mas um primeiro passo”, destacou. “Precisamos reduzir os custos de produção, equilibrar o câmbio, avançar na corrida em busca da tecnologia, investir em pesquisa, na qualificação dos nossos trabalhadores e, assim, garantir competitividade à indústria e aos produtos brasileiros”, sublinhou.

A Medalha da Inconfidência foi entregue este ano a 192 pessoas e entidades, entre as quais o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Raymundo Damasceno Assis, e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.

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