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25/09/2007 - 11:33

Tecnologias para Megacidades – Universidade de Stuttgart desenvolve curso superior no Brasil

Universidade Federal do Paraná inicia este mês curso de mestrado em meio ambiente urbano e industrial, desenvolvido por cientistas alemães em parceria com o SENAI-PR.

Desde 2001, cientistas do Instituto para a Engenharia Sanitária, Qualidade de Água e Gestão de Resíduos (ISWA), da Universidade de Stuttgart, oferecem, regularmente, no Brasil, cursos rápidos sobre temas ambientais – os chamados summer school. A partir deste mês, no entanto, começa na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, o curso de mestrado “Meio Ambiente Urbano e Industrial“, desenvolvido por cientistas do ISWA, juntamente com o SENAI-PR, com o objetivo de formar especialistas familiarizados com as mais avançadas tecnologias ambientais.

O novo curso tem apoio do Serviço Alemão para o Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e do Ministério de Pesquisa da Alemanha (BMBF), dentro do projeto Edubras (Introdução de Cursos Alemães sobre Tecnologias Ambientais no Brasil), que prevê investimentos de cerca de 1,5 milhão de Euros. São 35 vagas e a duração é de dois ou três anos, de acordo com padrões brasileiros ou alemães. Além de aumentar o número de vagas, espera-se, nos próximos anos, introduzir o curso em outros estados brasileiros.

As matérias obrigatórias são dadas por professores brasileiros, enquanto as optativas, como tratamento de efluentes industriais, controle de poluição atmosférica e gestão de resíduos urbanos e industriais, por exemplo, são ministradas também por professores da Universidade de Stuttgart. A tese de mestrado será elaborada em conjunto com indústrias nacionais, a partir da parceria firmada com o SENAI-PR.

Mercado aquecido - “Existe uma demanda muito grande por especialistas ambientais no Brasil“, diz Uwe Menzel, diretor acadêmico do ISWA, que, há sete anos, participa dos cursos rápidos summer school. Em 2004, Menzel elaborou um levantamento sobre a situação sanitária e as condições tecnológicas de tratamento de efluentes em vários estados brasileiros. Segundo ele, os futuros especialistas formados em Curitiba terão muito trabalho pela frente, pois, se o abastecimento com água potável é razoavelmente bom, o tratamento de efluentes é insuficiente, especialmente nos estados do Nordeste brasileiro.

Menzel lembra que as tecnologias de tratamento de esgoto e efluentes industriais estão disponíveis há tempos. Na Capital paulista, por exemplo, o chorume gerado nos dois maiores aterros sanitários, que recebem diariamente 14 mil toneladas de lixo, ainda é tratado nas estações de esgoto da Prefeitura. Isso requer a sucção e o transporte do chorume em caminhões-tanque, que circulam pela cidade, causando poluição secundária pelas emissões atmosféricas, em uma região já altamente comprometida pela poluição do ar. “Uma solução de acordo com os padrões tecnológicos atuais, melhor para o meio ambiente, seria tratar o chorume no local de sua geração“, diz Menzel.

Imbuia como símbolo - Como marco importante no caminho para um curso em comum, foi plantada uma imbuia (ocotea porosa) por cientistas alemães e brasileiros, em setembro de 2006, no campus do SENAIS em Curitiba. Também conhecida como “Pfefferholz“, ou nogueira brasileira, a árvore foi escolhida como símbolo do novo curso de mestrado “Meio Ambiente Urbano e Industrial“. “E um bom sinal“, diz Menzel, que tem planos de elaborar um curso semelhante para a Turquia.

Informações: Dr. Ing. Uwe Menzel - Instituto para a Engenharia Sanitária, Qualidade de Água e Gestão de Resíduos da Universidade de Stuttgart | Fone: 0711/685-65417, Cel.: 0172/7303330 | e-mail: [email protected] http://www.iswa.uni-stuttgart.de/iwt/Lehre.html#EDUBRAS

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