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25/04/2012 - 08:44

Usiminas vê cenário positivo para os negócios na siderurgia


Dentre as medidas com impacto mais significativo para o crescimento mais consistente é o estabelecimento de margem de preferência de até 25% de bens e serviços nacionais nas compras do governo; a extensão do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), adoção de outras medidas creditícias com recursos do BNDES; e o novo regime automotivo com incentivo de redução de IPI condicionado ao esforço de produção e inovação, a partir de 2013.

Belo Horizonte MG) -A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. - Usiminas (BM&FBovespa: USIM3, USIM5 e USIM6; OTC: USDMY e USNZY; Latibex: XUSIO e XUSI) divulgou no dia 24 de abril (terça-feira), os resultados do primeiro trimestre do exercício de 2012 (1T12).

De acordo com comunicado da Companhia, num trimestre sazonalmente mais fraco, vendas e receita líquida evoluíram conforme esperado. No primeiro trimestre de 2012, os principais destaques foram: as vendas de produtos siderúrgicos atingiram 1,5 milhão de toneladas, a produção de minério de ferro alcançou 1,9 milhão de toneladas, a receita líquida consolidada foi de R$2,9 bilhões, os custos dos produtos vendidos totalizaram R$2,7 bilhões, a posição de caixa em 31 de março de 2012 era de R$4,8 bilhões e os investimentos totalizaram R$561,1 milhões.

Comentário da Companhia sobre a 'Conjuntura Econômica”: “O atual cenário é de recuperação, mas a economia mundial ainda enfrenta severos riscos. Depois do alívio decorrente da reestruturação da dívida da Grécia e da disposição do Banco Central Europeu para manter o crédito e facilitar a rolagem das dívidas, diminuíram os temores relacionados, principalmente, à Espanha, Itália e Portugal. Além das dificuldades de implementar as medidas de austeridade para contenção dos déficits, teme-se que tais medidas aprofundem ainda mais o quadro recessivo nestas economias. Nos EUA, o bom desempenho da economia no último trimestre do ano passado, quando cresceram 3% em termos anualizados, tem gerado expectativas positivas de um crescimento próximo a 2% para 2012. Na China, os reflexos do enfraquecimento da demanda, principalmente, dos países europeus têm levado a uma acomodação da atividade industrial. Os sinais são de uma desaceleração moderada que tende a ser revertida diante de medidas de estímulo previstas pelo governo de Pequim. A meta de crescimento do PIB chinês é de 7,5% para 2012. No médio prazo, a necessidade de mudança do modelo econômico, hoje orientado para exportações, deve acomodar uma participação menor de investimentos, um maior consumo das famílias e o yuan mais apreciado. O cenário econômico internacional, no entanto, segue, com incertezas. O risco de elevação no preço do petróleo relacionado a uma maior tensão com o programa nuclear iraniano passou a ser apontado como principal foco de tensão da economia global. No Brasil, o fraco crescimento de 1,6% no PIB da Indústria em 2011 (sendo o PIB da Indústria de Transformação ainda menor, de 0,1%) deu contornos de crise à situação vivida pela indústria, sufocada pelas pressões de custos relacionadas à impostos, mão de obra, energia, infraestrutura e pela concorrência dos produtos importados. O termo “desindustrialização” passou a compor as análises sobre a conjuntura e mobilizou esforços do governo com vistas a estimular e garantir fôlego para um crescimento mais forte da indústria neste ano. Indicadores de atividade econômica do 1T12 ainda apontam fraqueza da produção industrial, mas sinalizam uma trajetória de aceleração ao longo de 2012. A previsão é que os estímulos monetários (menores juros), as medidas macroeconômicas e de incentivo à indústria contribuam para uma aceleração da atividade econômica ao longo dos próximos trimestres. Para o ano de 2012, está mantida a previsão de um crescimento do PIB em torno de 3,0%. As medidas cambiais implementadas pelo governo em março surtiram o efeito desejado de promover uma desvalorização do real, mantendo-o acima da paridade de R$1,80/US$. No entanto, a taxa de câmbio média de R$1,77 no 1T12 ainda foi inferior à do trimestre anterior de R$1,80. No 1T11, a taxa de câmbio média foi de R$1,67. No que se refere às medidas de estímulo à indústria pelo governo no início de abril, as expectativas relativas aos impactos sobre os negócios na siderurgia são positivas, apesar de não figurar entre os setores diretamente contemplados. Dentre as medidas com impacto mais significativo estão: o estabelecimento de margem de preferência de até 25% de bens e serviços nacionais nas compras do governo; a extensão do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), a adoção de outras medidas creditícias com recursos do BNDES; e o novo regime automotivo com incentivo de redução de IPI condicionado ao esforço de produção e inovação, a partir de 2013”, conclui.

Investimentos - No primeiro trimestre de 2012, os investimentos somaram R$56 milhões desembolsados em vários projetos e adequações para a expansão da capacidade de produção da Mineração Usiminas. Os investimentos foram realizados na aquisição de equipamentos móveis de mineração, terrenos, adequações e melhorias nas plantas de beneficiamento existentes, em linha com o plano de expansão em andamento.

Resultados da Unidade de Negócio – Mineração: a receita líquida do segmento de Mineração registrada no primeiro trimestre de 2012, foi de R$239,3 milhões, apresentando uma redução de 0,8% comparada à do quarto trimestre de 2011. Embora o volume de vendas tenha sido maior, os preços praticados foram 24,7% inferiores devido principalmente ao mix de produtos vendidos e do menor preço praticado pelo mercado para o minério de ferro. No 1T12, o custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$100,3 milhões, 28,7% superior ao do 4T11, em função do maior volume de vendas em 343 mil toneladas. Já o CPV por tonelada vendida ficou estável. O lucro bruto alcançou R$139,0 milhões no 1T12 e a margem bruta foi de 58,1%, contra R$163,3 milhões e 67,7% respectivamente no 4T11, devido à menor receita líquida e maior CPV. As despesas operacionais apresentaram uma redução de 29,1% em relação ao 4T11, devido principalmente a queda em outras despesas e receitas. No 1T12, o Ebitda apurado foi de R$110,8 milhões, 14,3% inferior ao 4T11, gerando uma margem de Ebitda de 46,3%.

Resultados da Unidade de Negócio – Siderurgia: a Siderurgia obteve no primeiro trimestre de 2012 uma receita líquida de R$2,6 bilhões, 6,1% superior à receita do quarto trimestre de 2011, devido ao maior volume de produtos siderúrgicos vendidos. Na média, houve queda de 3,9% na receita líquida por tonelada vendida, devido principalmente ao mix inferior de produtos vendidos decorrente do maior volume de exportação, incluindo vendas de placas de estoque com o objetivo de reduzir capital de giro. No 1T12, o CPV foi de R$2,6 bilhões, 5,5% superior ao do 4T11, decorrente principalmente do maior volume vendido. O CPV por tonelada vendida de aço apresentou redução de 6,5%, resultado da queda dos preços de carvão e minério de ferro e redução nos custos de energia elétrica. As despesas operacionais foram de R$99,8 milhões no 1T12, contra uma despesa no 4T11 de R$81,0 milhões, 23,2% superior devido principalmente ao impacto negativo de provisões de contingências judiciais no 1T12. O Ebitda alcançou no trimestre R$99,8 milhões, sendo 34,3% superior ao apurado no 4T11, devido principalmente ao aumento da receita líquida. A margem de Ebitda no 1T12 foi de 3,9%, também superior quando comparada a 3,1% registrados no 4T11.

Os investimentos no imobilizado no primeiro trimestre de 2012 somaram R$483 milhões, destacando: o start up da nova linha de tiras a quente em Cubatão em 29 de fevereiro deste ano com previsão de início de operação comercial no 2T12. Com investimentos da ordem de R$2,5 bilhões, a nova linha tem capacidade de laminação de 2,3 milhões de toneladas por ano e possibilitará à Usiminas fornecer laminados a quente de alto valor agregado para os mercados nacional e internacional, credenciando-se para atuar em nichos de mercado diferentes dos atuais.

A entrada em operação, no dia 05 de janeiro de 2012, do desgaseificador a vácuo número 3 na Usina de Ipatinga, que aumenta a oferta de aços nobres por meio da retirada de gases, desoxidação e limpidez, proporcionando melhores propriedades relacionadas à conformação mecânica, principalmente para os setores automotivo, óleo e gás, naval, linha branca e construção civil. O investimento foi da ordem de R$170,0 milhões.

Resultados da Unidade de Negócio - Bens de Capital: a receita líquida apurada no 1T12 foi de R$250,7 milhões, inferior em 31,9% quando comparada ao 4T11, principalmente em decorrência da redução da carteira de projetos e da revisão de custos de projetos atuais. O prejuízo bruto foi de R$7,3 milhões no trimestre, R$64,9 milhões inferior ao do 4T11. O Ebitda do 1T12 totalizou R$24,9 milhões negativos, inferior em R$65,4 milhões ao alcançado no 4T11. A margem de Ebitda do 1T12 foi negativa, 9,9%. |. Website: [www.usiminas.com/ri].

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