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25/04/2012 - 08:44

Governo do Estado do Rio anuncia criação de polo de navipeças em Duque de Caxias


Memorando foi assinado pelo secretário Julio Bueno durante o II Balanço do Setor Naval e Offshore, na Firjan.

O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou no dia 24 de abril (terça-feira), a criação de um polo de navipeças no município de Duque de Caxias, com saída para a Baía de Guanabara. O memorando para a criação do polo – que vai incentivar a atração de empresas fornecedoras de equipamentos para estaleiros – foi assinado durante a abertura do II Balanço da Indústria Naval e Offshore, na Firjan, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin) e com o Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval).

O projeto prevê investimentos do governo estadual em torno de R$ 250 milhões para a compatibilização de uma área de quatro milhões de metros quadrados em Duque de Caxias, que será destinada a novas empresas. A expectativa é de que o polo atraia investimentos de R$ 1,5 bilhão e gere cerca de cinco mil empregos diretos assim que começar a ser implementado, entre 2013 e 2015.

– Temos recebido constantes consultas de grandes empresas nacionais e internacionais da indústria offshore que querem se instalar no Rio, visando o elevado volume de encomendas que deve ocorrer nos próximos anos em decorrência do pré-sal. O estado do Rio tem vocação histórica para atender a maior parte desta demanda e é natural o interesse destes investidores – disse o secretário Julio Bueno.

A criação do polo de navipeças é uma iniciativa pioneira na América Latina, e fundamental para viabilizar esses novos investimentos. O polo vai atuar como se fosse um condomínio industrial, tendo como característica principal sua ênfase no modal hidroviário.

– A logística de transporte é o ponto critico, especialmente para o acesso aos estaleiros da Baía de Guanabara, implantados há muitos anos, em locais com o sistema viário muito comprometido e sacrificado, e com restrições físicas importantes para carga pesada – ressalta o diretor de política industrial da Codin, Alexandre Gurgel.

A partir da criação do novo polo de navipeças, será possibilitado às empresas fornecedoras ter acesso marítimo aos 19 estaleiros instalados na Baia da Guanabara, para levar até eles carga e equipamentos, o que contribuirá para aliviar o tráfego urbano.

Segundo Gurgel, a implantação do polo passa no momento pela conclusão da avaliação técnica da área, definição do modelo de negócios a ser adotado e procedimento de licenciamento ambiental.

Durante a cerimônia de abertura do II Balanço da Indústria Naval e Offshore, o presidente do sistema Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, também adiantou dados para o setor do próximo estudo Decisão Rio, que será divulgado oficialmente em maio.

– De 2012 a 2014, o setor naval fluminense terá investimentos de R$ 1,4 bilhão apenas em novas embarcações, valor 17% superior ao registrado no período anterior, e ainda de R$ 6 bilhões em novos estaleiros – anunciou.

O presidente da Transpetro, Sergio Machado, destacou ainda a importância de eventos como o II Balanço Naval e Offshore para um amplo debate sobre o futuro do setor no Brasil.

– Estamos em um momento estratégico, de muitas mudanças no cenário internacional. Neste contexto, o Brasil atingiu um novo patamar e viu o renascimento de sua indústria naval. Agora, precisamos focar em sustentabilidade e competitividade para manter o país como um importante player do setor frente às grandes potências – ressaltou.

Participaram ainda da cerimônia de abertura o vice-presidente do Sinaval, Augusto Mendonça; o gerente geral de Implementação de Empreendimentos de Unidades de Perfuração Marítima e Construção Naval da Petrobras, Reginaldo Sarcinelli; e o presidente do Fórum dos Trabalhadores da Construção Naval e Offshore, Joacir Pedro. Ao longo do dia, algumas das principais lideranças da indústria naval, offshore e de logística portuária do país participaram de painéis sobre temas ligados ao setor.

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