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25/04/2012 - 09:49

Produção da U6 em 2012 poderia abastecer Curitiba por 41 dias

Os 512.260 MWh gerados são a confirmação do trabalho de qualidade realizado pela Diretoria Técnica na manutenção da unidade geradora.

Às 8h47 de quinta-feira [19 de abril], exatos 30 dias desde que voltou a operar - depois de ter ficado mais de um ano parada em manutenção -, a Unidade Geradora número 6 (U6) da Itaipu respondia por 1,71% do total de energia produzido pela hidrelétrica até agora em 2012. Foram 512.260 MWh em um mês, produção capaz de abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes, como Curitiba, por aproximadamente 41 dias.

O perfeito funcionamento da unidade, após ter sido completamente desmontada e remontada, é a confirmação do trabalho de qualidade realizado por toda a equipe de manutenção da Itaipu. “Esse sucesso só foi possível porque toda a empresa entendeu e assumiu o compromisso de priorizar o atendimento a essa demanda”, avaliou o superintendente de Manutenção, Marco César Castella.

A unidade foi desmontada para que fosse feita a substituição do anel de desgaste inferior e um reparo na pá de número 11 da roda da turbina. Em setembro de 2010, durante uma inspeção de rotina da manutenção quadrienal, foram descobertas trincas nestas duas peças. Então, a equipe da Superintendência de Manutenção, com o apoio da empresa fabricante da turbina e de consultores nacionais e internacionais, optou pela desmontagem da máquina para corrigir as anormalidades encontradas.

Esta decisão não impactou a geração de energia na Itaipu: as demais unidades geradoras são suficientes para atender à demanda. Entretanto, segundo Castella, “foi necessário esforço adicional da equipe para que o Programa de Parada de Unidades Geradoras fosse cumprido e que não houvesse mais que duas unidades paradas ao mesmo tempo”.

Até a parada para esta manutenção, a U6 contava com 168.463 horas de operação (23 anos). A unidade já havia parado anteriormente: de 21 de julho de 1992 a 16 de dezembro de 1993, passou por reparos devido a um curto-circuito no estator que causou a perda parcial do enrolamento estatórico.

Relatório técnico-Em dezembro de 2011, após analisar amostras retiradas das peças avariadas da U06, a UFSC apresentou à Itaipu um relatório sobre as características das trincas e o que poderia tê-las ocasionado. Segundo o relatório, não foi possível constatar uma relação entre a fratura do anel e a trinca na pá. Cada um destes eventos teve origem em mecanismos diferentes, sob diferentes condições.

As análises mostraram que a trinca na pá não ocorreu devido ao tempo de uso (fadiga), e sim por causa de um problema no momento da fabricação. O relatório apontou que a trinca propagou-se “de dentro para fora da pá (...) e aflorou, passando a ser detectável visualmente”. Em relação à fratura do anel inferior, a conclusão dos especialistas foi que ela ocorreu “ao longo do cordão de solda do anel”, e que “a causa provável tem a ver com o momento da fabricação”. Assim como no caso da pá, o tempo de uso da máquina não tem relação com o surgimento da trinca. De qualquer forma, não foi possível determinar o momento em que iniciou o trincamento que culminou na fratura: se durante a fabricação ou em algum momento da operação.

O processo-Cerca de três meses após a detecção das trincas nas peças, a Superintendência de Manutenção apresentou o relatório sobre a ocorrência, recomendando a contratação de três empresas para fazer a desmontagem, reparo e montagem do conjunto girante da unidade. Com os pareceres favoráveis das diretorias Jurídica e Financeira, teve início o processo de compras e contratações.

Antes mesmo da contratação das empresas, a própria equipe da Itaipu deu início aos trabalhos, iniciando a desmontagem da máquina. Em janeiro de 2011, foi retirada a plataforma superior; em março, a cruzeta superior; em maio, o rotor; e em julho, a cruzeta inferior. “Quando o processo de contratação foi definido, aproximadamente 85% do trabalho de desmontagem já estava concluído”, lembra o superintendente Marco César Castella.

Por fim, decidiu-se pela contratação, via aquisição direta, da empresa Voith Hydro Services Ltda. para executar os serviços de supervisão da desmontagem, montagem e comissionamento da máquina – incluindo o fornecimento, se necessário, de peças que não pudessem ser reutilizadas no momento da remontagem – e de reparo na roda da turbina da U6.

Com apoio e supervisão de especialistas e consultores – inclusive ex-empregados, o que proporcionou um verdadeiro “encontro de gerações” entre os que acabaram de entrar na empresa e os que testemunharam os primeiros giros das turbinas –, a Itaipu assumiu o processo de desmontagem e montagem da unidade, registrando tudo em fotos, filmes e anotações.

Este banco de dados com 36 mil fotos e 1.320 minutos de filmagens será usado para o programa de gestão do conhecimento da empresa e como referência para outras empresas do setor elétrico. A confirmação do sucesso da operação está na produção da unidade geradora, que vem funcionando perfeitamente e gerando energia desde que voltou a girar. [www.itaipu.gov.br].

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