Ouro do Sul de Minas: Cooxupé promove celebração de 80 anos

Cooperativa comemorou a data em eventos regionais nas 16 Unidades de Negócios. Além de presenciar o evento, cooperados receberam a participação dos lucros de 2011.

Com a força de 12 mil cooperados e um corpo administrativo empreendedor na busca constante pela excelência na produção e comercialização de café, a Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, que tem sede em Guaxupé, Sul de Minas Gerais, celebrou no dia 24 de abril (terça-feira), 80 anos de cooperativismo e 55 anos de história, reunindo em suas 16 Unidades de Negócios cerca de oito mil pessoas. Além de celebrar a data, os cooperados receberam na ocasião a participação dos lucros de 2011, um total de cerca de R$ 9 milhões, em dinheiro.

Responsável atualmente pela comercialização de 8% da produção mundial de café arábica, a história da cooperativa começou em 1932 com 23 produtores de Guaxupé, região que na época já era atuante na produção cafeeira. Com o objetivo de oferecer subsídio para pequenos produtores sobreviverem ao mercado, (o momento era de grande dificuldade para o setor, com a alta produção do grão brigando com uma baixa demanda e o crash da bolsa de valores em 29), seus fundadores iniciaram o que mais tarde, em 1957, seria a Cooxupé.

Para o presidente da cooperativa, Carlos Paulino da Costa, é possível que nem seus fundadores sonhassem na referência que a entidade se tornaria para a cafeicultura brasileira. “Os 23 produtores que fundaram a cooperativa rural tinham um sonho. Dr. Isaac Ribeiro Leite, ao transformar a cooperativa em Cooxupé, tinha um sonho e, nós também temos um sonho. As crises e os desafios existem, mas temos aprendido com eles, o que tem nos ajudado a tomar decisões certas no momento correto”, afirma.

Atualmente a cooperativa, que faturou 3 bilhões em 2011 e bateu três recordes de exportação da commodity, é uma importante aliada do produtor, antecipando tendências, buscando novos mercados e oferecendo uma série de vantagens, para seus atuais 12 mil cooperados, uma assistência que não seria possível se eles estivessem atuando sozinhos.

Segundo o cooperado de Cabo Verde, Moises de Souza, a cooperativa foi essencial para o desenvolvimento dos seus negócios. “Além da comercialização de café, a Cooxupé oferece programas como a compra de adubo com o pagamento depois da colheita e uma série de orientações profissionais. Dentro da cooperativa, aprendi a combater ferrugem, entender o mercado. Antes eu produzia de dois em dois anos. Hoje, consigo um equilibro na lavoura para uma produção constante”, avalia.

Na família de Luis Libanio Pereira não foi diferente. O pai, cooperado, passou a lavoura para os filhos, que continuaram a crescer com a ajuda da Cooxupé. “Teríamos dificuldade de comercializar o café e movimentar nossa produção sem a cooperativa. Os técnicos e agrônomos nos dão suporte constantemente e sempre conseguimos tirar dúvidas, comprar produtos trocando nosso café, além de uma série de vantagens de crédito e descontos”, conta.

Para Seu Antônio Onofre, cooperado desde 1978, diversas transformações aconteceram ao decorrer da década na lavoura de café e no mercado. “Vi muita coisa passar, crise chegar, crise ir embora, mas conseguimos superar. Sinto que faço parte da história da Cooxupé”.

Sempre atenta às tendências, a cooperativa estuda novos mercados e investe em tecnologia, o que faz dela um importante centro de negócios e informações para o cooperado. Entre as novidades da entidade estão a granelização, um passo à frente da Cooxupé que permitirá ao produtor entregar o café em grão na cooperativa, evitando a utilização das sacas, e o Café Online, onde o produtor consegue comercializar café pela internet, sem sair de casa, além das atualizações com o foco de melhorar sempre a qualidade de vida do produtor, buscando soluções cada vez mais sustentáveis.