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28/04/2012 - 09:46

Esquizofrenia, doença psíquica e silenciosa

Apesar de já ter sido um tema abordado no cinema e em novela, ainda existe desconhecimento sobre o que é essa doença.

A esquizofrenia é uma doença que atinge cerca de 1% da população brasileira. Estima-se que no Brasil os casos cheguem a um patamar de 1,8 milhões de pessoas portadoras desta doença. Segundo a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, a esquizofrenia se manifesta no fim da adolescência e começo da vida adulta, e provoca nos portadores confusão mental, afastamento do indivíduo da realidade e surtos psicóticos. Os sintomas vão aparecendo gradativamente e, em muitos casos só é diagnosticada em estágio mais avançado.

“A pessoa que sofre deste distúrbio passa a acreditar fielmente que suas emoções ou vozes, que geralmente fazem algum tipo de crítica ao comportamento do indivíduo, acabam alterando seu comportamento no convívio familiar e social”, explica a médica.

A esquizofrenia é uma doença silenciosa, mas seus sintomas sutis podem ser percebidos com uma simples observação do comportamento da pessoa. “Não se pode generalizar, cada caso é um caso. O familiar pode constatar alguma anomalia no comportamento suspeito se a pessoa repentinamente se isola das demais pessoas, afirma que está sendo perseguida, vigiada ou algum tipo de paranoia que indique uma obsessão infundada”, diz Soraya.

A causa da doença ainda é desconhecida. Não se sabe ao certo a origem destes distúrbios na mente humana, mas o que se pode afirmar é que eles ocorrem ao mesmo tempo. O diagnóstico preciso é fundamental para a pessoa portadora da doença, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com os de doenças como autismo ou bipolaridade, o que representaria um risco maior para saúde mental deste indivíduo. Por ser uma doença mental crônica, a esquizofrenia necessita de um tratamento contínuo, sem prazo determinado para ser encerrado, sendo que, em alguns casos, pode durar a vida toda.

A participação da família no acompanhamento da doença é fundamental. “Durante o processo de diagnóstico até o tratamento é imprescindível a presença de familiares ao lado do paciente, como forma de apoio psicológico e acolhimento. O suporte emocional é um grande diferencial no êxito do tratamento”, explica a médica.

Mesmo com todo o avanço na área psíquica, a esquizofrenia ainda não tem cura, mas os tratamentos específicos, como inserção do paciente em ambientes como da música, teatro, dança, entre outros, mostraram-se muito eficazes. Os resultados são bastante positivos, como o espaçamento dos surtos, chegando a não ocorrer mais com a mesma frequência.

“O mais importante no tratamento do esquizofrênico é dar oportunidade para ele encontrar algo prazeroso ao qual possa se dedicar, para que conquiste a autoconfiança perdida pela doença”, conclui Soraya.

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