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28/04/2012 - 10:20

Klabin terá bom ano "em qualquer circunstância", diz executivo

São Paulo -A Klabin, maior fabricante de papéis do Brasil, está otimista em relação ao seu próprio desempenho em 2012. Para o diretor-geral da companhia, Fabio Schvartsman, o desempenho anual da empresa será positivo "em qualquer circunstância".

"À luz das informações que temos hoje, nós performaremos no segundo trimestre desse ano de maneira melhor do que o segundo trimestre do ano passado, e em melhor proporção do que foi o primeiro trimestre deste ano em comparação com o primeiro trimestre do ano passado", afirmou o executivo em teleconferência com analistas nesta sexta-feira.

Schvartsman explicou ainda que a comparação refere-se ao Ebitda -sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização- absoluto.

"Mesmo que a economia não melhore, tendo em vista as particularidades da situação da Klabin e os esforços de redução de custos e de manejo dos nossos negócios, nós continuaremos apresentando desempenhos bons em qualquer circunstância."

O diretor-geral lembrou que o primeiro trimestre, do ponto de vista do comportamento da economia, é o que resultaria em uma performance mais fraca para a Klabin. "Acabamos de deixar para trás esse trimestre mais fraco e portanto temos todo o resto do ano para acrescentar resultados", afirmou.

O trimestre, mesmo assim, foi positivo para a empresa: entre janeiro e março deste ano o lucro líquido disparou 227 por cento em relação aos mesmos meses de 2011. A desvalorização cambial, que impactou os financiamentos em moeda estrangeira, e a maior valorização do valor justo dos ativos biológicos foram os motivos para este crescimento.

O Ebitda totalizou 311 milhões de reais, crescimento de 25 por cento em relação ao mesmo período do ano passado e queda de 13 por cento em comparação ao quarto trimestre.

Parada mais barata em Monte Alegre-O segundo trimestre é tradicionalmente marcado pelas paradas para manutenção nas fábricas da Klabin, incluindo a unidade de Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR), a maior em operação.

"Nós teremos uma parada menor e que deverá ser 20 por cento menor em termos de custo do que foi a do ano passado", afirmou Schvartsman. De acordo com ele, isso acontecerá mesmo diante de um aumento nos custos de construção civil e da inflação dos insumos.

"Essas paradas são inevitáveis e são da estrutura do nosso negócio, ocorrerão sempre e elas produzem não somente o efeito do custo da própria parada e algum efeito da perda de vendas por falta de capacidade produtiva", disse o diretor-geral.

Segundo ele, é "impossível" compensar o efeito da parada por meio de estoque.

Schvartsman acrescentou que o projeto de uma nova unidade produtora de celulose continua caminhando conforme o planejado e que recentemente foi concluída a negociação com a prefeitura de Ortigueira, também no Paraná, para a instalação da nova fábrica.

"Fechamos negociações visando reduções de impostos municipais e esse decreto foi publicado ontem no diário oficial do município", disse o diretor. "E hoje estamos entrando com um pedido formal de licença ambiental para a instalação da fábrica no Paraná."

Ortigueira está localizada há cerca de 60 quilômetros de Telêmaco Borba. A fábrica terá capacidade para 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, com investimentos de 6,8 bilhões de reais .

O diretor financeiro e de relações com investidores, Antonio Sergio Alfano, previu ainda que o volume de vendas de madeira atribuídas à Klabin na Vale do Corisco -adquirida em parceria com a chilena Arauco no final do ano passado- deverá ser de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas por ano. "E deverá ser recorrente nos próximos anos", afirmou.|Carolina Marcondes/Reuters.

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