Para envelhecer bem...

A perspectiva de vida do brasileiro vem aumentando a cada ano e com isso uma questão acompanha este crescimento, como envelhecer com qualidade de vida? De acordo com a pesquisa divulgada pelo Censo 2010 do IBGE, a expectativa de vida da população brasileira aumenta e passa a ser de 73 anos e um mês.

Com este avanço etário da população é preciso tomar alguns cuidados para que se chegue à velhice em plena forma e disposição. Alguns cuidados como a alimentação e em horário correto, prática de exercícios físicos aliados a outros hábitos saudáveis podem garantir a conquista da longevidade plena.

Segundo a geriatra e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, o crescimento acelerado da população idosa em relação ao numero de pessoas jovens mudou o perfil demográfico da população brasileira. “Mesmo que a expectativa de vida do brasileiro aumente é preciso ensinar aos jovens a importância do convívio e tratamento com pessoas de idade mais avançada. Vivemos em uma sociedade que ainda não desenvolveu a cultura de valorização do idoso e isso precisa mudar”, alerta a médica.

Outra questão importante a se levar em conta sobre o envelhecimento é a relação do idoso com a família, principalmente, em casos que envolvem doença ou processo de tratamento. Mesmo com todo o avanço na área da medicina, a estabilidade e estrutura familiar são fatores indispensáveis neste processo.

“Sabemos que o apoio da família é fundamental em qualquer situação, ainda mais se tratando de um membro idoso que aspira cuidados. Dependendo do caso, como perda de funções, o paciente pode desenvolver um quadro depressivo, podendo levá-lo à morte”, explica a psicanalista.

Investir na saúde é uma ação de longo prazo e requer certos cuidados. É indispensável uma opinião especializada para orientar corretamente o idoso sobre a prática de exercícios físicos e alimentação saudável. “É importante também lembrar que nunca é tarde para iniciar uma atividade física, cultural ou até mesmo turística. O que envelhece é pensar que o corpo não lhe é mais útil para desempenhar certas funções, o que é um engano. Por isso é preciso que cada um descubra uma atividade que mais lhe proporcione prazer”, conclui Soraya.

.Por: Soraya Hissa de Carvalho, médica formada pela UFMG e tem especializações em psiquiatria, endocrinologia, geriatria, medicina psicossomática, medicina tradicional chinesa, psicanálise, neurociência e comportamento.