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05/05/2012 - 09:22

A empregada doméstica que nos cuida precisa de condições para cuidar de si mesma

Quando falamos das nossas auxiliares do lar, nome mais compatível que empregada doméstica, nos vem à mente, aquelas profissionais com as quais convivemos no dia a dia, nas residências, nos locais de trabalho, transformados em domicilio, enfim, naquelas pessoas que pela manhã fazem o café, durante o dia, cuidam da casa ou do apartamento, tratam de nossas roupas, preparam no mínimo uma refeição diária e à noite, deixam o dormitório arrumado, para que possamos descansar.

Com estas convivemos mais do que com as nossas famílias, simplesmente porque acordam mais cedo, nos dão bom dia, realmente no começo do dia e nos dão notícia do tempo e do trânsito, antes mesmo de ligarmos o rádio, a televisão ou acessarmos a internet.

São aquelas pessoas que quando chegamos à cozinha ou à sala para tomar o café, já cuidaram do gato ou do cachorro, que geralmente acordam mais cedo e dormem o dia inteiro e são normalmente os únicos que estão conosco nas primeiras horas do dia, vendo o início de nossa labuta e, mesmo sem falar, nos olham ou falam em sua linguagem animal, nos desejando um bom dia de trabalho.

Sempre achei que o termo empregado, e já fui empregado, hoje sou profissional liberal, deveria ser substituído pelo adjetivo identificador da atividade exercida.

Acho que todos nós somos empregados quando trabalhamos, se temos um emprego, entretanto, assim como designamos as funções de acordo com a CBPO – Companhia Brasileira de Projetos e Obras, digamos de passagem, defasada em razão de novas atividades funcionais, a empresada doméstica, deveria ser adjetivada como auxiliar do lar, função genérica, ou especificamente ser chamada pela função que pratica, não substantivamente.

E mais, se ela é a nossa eficiente colaboradora, se nos conhece na intimidade de nossas casas, se cuida de nós de nossos filhos, netos e bisnetos, se fica com a chave, se conhece nossas roupas, nossos hábitos, porque não ter direitos iguais aos nossos outros colaboradores, que nos conhecem menos?

Por tudo isso, no momento em que comemoramos o Dia da Empregada Domestica, 27 de Abril, o dia da nossa auxiliar do lar, não importa o nome que ela tenha ou tempo que conosco trabalha, mas em respeito a seu esforço e dedicação, façamos com que se transforme em realidade, tudo aquilo que temos falado e ouvido por esse mundo afora, fazendo ser respeitada a tipicidade de seu trabalho, equiparando-a aos demais trabalhadores.

Talvez com isso, estejamos garantindo àquelas que tão bem nos cuidam, a possibilidade de poderem cuidar também de si mesmas.

.Por: Francisco Antonio Feijó, presidente da CNPL – Confederação Nacional das Profissões Liberais e da UMPL – União Mundial das Profissões Liberais.

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