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09/05/2012 - 08:35

Skaf: ‘Em vez de discutir os problemas, estamos com uma agenda positiva’

Presidente da Fiesp afirma que equilíbrio maior na balança e aumento do fluxo comercial vão eliminar ‘naturalmente’ as barreiras entre os países.

Para estimular uma agenda positiva nas relações comerciais entre Brasil e Argentina, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), promove nesta terça-feira (08/05), em sua sede, a Rodada de Negócios Brasil-Argentina. O evento, que prossegue até o final da tarde, reúne representantes de 330 empresas argentinas e 270 indústrias brasileiras.

De acordo com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a realização deste encontro atende a um pedido da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por meio de representantes dos ministérios de Relações Internacionais, Economia e Indústria Argentina durante uma visita do presidente da Fiesp ao país vizinho, em fevereiro.

“Somos vizinhos e sempre seremos vizinhos. Em vez de discutir os problemas, estamos com uma agenda positiva. Nós temos que buscar o maior equilíbrio no comércio e eliminar barreiras. Tem que haver uma relação de amizade e camaradagem. O objetivo de todo este trabalho é o de eliminar os problemas que existem nas relações comerciais Brasil e Argentina”, avaliou Skaf.

Pesquisa- O presidente da Fiesp divulgou um estudo da federação, feito pelo Departamento de Comércio Exterior (Derex), com empresas brasileiras importadoras dos 38 produtos identificados pelo governo argentino como prioritários para aumento das vendas ao Brasil nos setores de alimentos, bebidas, autopeças, farmacêuticos, químicos e máquinas.

A pesquisa aponta que 24% dos empresários brasileiros dizem desconhecer os fornecedores argentinos. “É por isso que estamos fazendo esse evento. Quase 50% das empresas brasileiras entrevistadas disseram que sim, que poderiam comprar mais da Argentina. São 6 bilhões de dólares que poderia crescer o comércio de manufatura”, destacou Skaf, que citou a realização de rodadas específicas de negócios, já nesse encontro, para as indústrias naval e de autopeças.

"Nós vamos trabalhar para aumentar o conhecimento. Os próximos encontros serão setoriais. Então, com o esforço destes eventos, as indústrias brasileiras irão conhecer mais sobre os seus clientes e as indústrias argentinas conhecerão os seus possíveis clientes", destacou o presidente da Fiesp.

Skaf, no entanto, ressalvou que a substituição deve acontecer sem prejuízo das indústrias brasileiras. “Não queremos que uma montadora brasileira deixe de comprar peças de empresas brasileiras para comprar de indústrias argentinas, mas que as montadoras brasileiras deixem de comprar de terceiros países para comprar mais na Argentina”, exemplificou.

Ampliação de investimentos - De acordo com Paulo Skaf, a Fiesp realizará uma série de eventos para estreitar as relações comerciais entre os dois países. Entre as iniciativas está a criação de Rodadas de Negócios Setoriais. De acordo com o presidente da Fiesp, a instituição está à disposição para organizar uma missão empresarial para a Argentina, onde representantes de empresas brasileiras poderão anunciar investimentos no país.

“Nós vamos naturalmente eliminar estas barreiras. Precisamos equilibrar a balança comercial. Não adianta o Brasil ficar comprando menos do que poderia comprar da Argentina e, em contrapartida, os argentinos ficarem impondo barreiras aos produtos brasileiros. Tenho certeza que desta forma nós vamos aumentar o fluxo do comércio recíproco”, afirmou Skaf.

O esforço, explica Skaf, é uma colaboração da Fiesp ao relacionamento entre os dois países, respeitando o papel do corpo diplomático. “O nosso pacto é de colaboração. Há um compromisso recíproco de fazer um esforço para ampliar o volume do comercio e eliminar as barreiras”, finalizou o presidente da Fiesp.

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