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09/05/2012 - 09:08

Ser ou estar compliance? Eis a questão.

Escândalos financeiros, fraudes contábeis e fiscais, corrupção, casos de assédio, lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo, uso indevido de informações privilegiadas, pirâmides financeiras e tantos outros crimes.

O que mais precisa acontecer para que palavras como controle, transparência, responsabilidade e ética passem a fazer parte – efetivamente – do “dicionário corporativo” das instituições ao redor do mundo?

A repercussão de uma fraude é sempre muito grande, e logo após o fato surgem novos “acts”, leis, e procedimentos com padrões internacionais. Em alguns casos, roteiristas e diretores da sétima arte lançam filmes que, mesmo baseados em fatos reais, seus ricos conteúdos não transcendem a ficção e, gradativamente, o tema perde o apelo, e a punição, dependendo de onde tenha ocorrido o fato, não acontece.

Muitos são investigados, alguns são julgados, poucos são condenados e nem sempre cumprem efetivamente a pena. Mas será que realmente adiantaria “apenas” investigar, demitir ou punir? Estas medidas servem para tratar a consequência, e nunca a causa.

Infelizmente, ainda é forte a cultura de alguns “chefes” – não líderes, pois não são sinônimos - em tratar qualquer problema com o famoso “vamos demitir para dar o exemplo aos demais”. Quanto amadorismo... Quando apenas tratamos a consequência de um crime ou desvio de conduta, estamos sempre “correndo atrás do prejuízo”.

Um desvio de conduta está relacionado aos meios e não aos fins. Em outras palavras, é de suma importância que todos, na vida privada ou pública, entendam que o desvio configura-se pela intenção e não pelo resultado, independentemente de sua magnitude.

Eis aqui a resposta ao título deste artigo. Estar compliance é uma obrigação em situações pontuais nas quais as instituições comprovam estar em conformidade com leis, regulamentos, melhores práticas.

Ser compliance é diferente, é uma manifestação da consciência. Traduz o estado mental de todos os profissionais ligados por objetivos comuns e conscientes de que transparência, responsabilidade e ética são características inerentes a qualquer processo, seja ele operacional, tático ou estratégico.

Vamos enfrentar o desafio de ser compliance na prática? Tente. Vale a pena.

.Por: Maria Balbina Rizzo e Vinícius Pinho são coautores do livro “Compliance 360º - riscos, estratégias, conflitos e vaidades no mundo corporativo”, da Trevisan Editora, que será lançado no dia 24 de maio, a partir das 19h, na Livraria Argumento (RJ).

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