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27/09/2007 - 19:19

CNI aumenta projeção de crescimento do PIB para 4,7%

Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reviu para cima as projeções do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas pelo país) global e do PIB industrial para 2007, na esteira do desempenho demonstrado pelo setor no segundo trimestre do ano. Para a CNI, a indústria, em especial a de transformação, assumiu o papel de protagonista do crescimento econômico brasileiro e será o carro-chefe do desempenho da economia neste segundo semestre. A entidade faz, porém, um alerta sobre a continuidade do crescimento para além de 2007, que pode ser comprometido pela inflação e a conseqüente interrupção da queda dos juros.

Para a CNI, a demanda externa por produtos de grande peso na pauta de exportações brasileiras (principalmente commodities) e o contínuo aumento da demanda interna farão o Brasil crescer 4,7% neste ano. A estimativa anterior da CNI, divulgada em julho, era de crescimento do PIB de 4,5%. A revisão divulgada hoje é a segunda no ano, uma vez que, em janeiro, esperava-se crescimento de 4,2%.

O PIB industrial deverá crescer, segundo as contas dos técnicos da CNI, 4,4% em 2007 ante 2006. Os 4,4% previstos pela CNI serão uma contribuição de 1,4 ponto percentual na formação do crescimento do PIB global, de 4,7%. A estimativa anterior para o PIB industrial, feita em julho, era de alta de 4% ante o ano passado. Os técnicos da entidade lembram ainda que o bom momento está presente na maioria dos setores industriais e que um em cada quatro cresce a um ritmo de dois dígitos.

A CNI projeta um crescimento de 4,3% para a indústria de transformação. A contribuição do segmento para a formação do PIB global deve ser de 0,8 pontos percentuais. A projeção para a indústria extrativa mineral é de 5%, com uma contribuição de 0,2 pontos percentuais para o PIB global. O setor da construção civil deverá crescer 4,5%, com uma contribuição de 0,2 pontos percentuais para o PIB global. Já os serviços industriais de utilidade pública deverão crescer 4,2% ante 2006, contribuindo com 0,2 pontos percentuais para o PIB.

Inflação - A CNI alerta, no entanto, que a continuidade do crescimento da indústria para além de 2007 não está garantida. “O principal fator que se destaca como potencial limitador do crescimento é o aumento recorrente das taxas de inflação a partir de abril”, escrevem os técnicos da CNI. “Essa pressão abre a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) interromper a trajetória de queda de juros, o que pode restringir e expansão do crédito e contrair a demanda, em especial de bens de maior valor agregado”, complementam, no Informe Conjuntural.

De acordo com os técnicos da CNI, parte da “forte expansão da demanda interna baseia-se numa política fiscal bastante expancionista”, e essa contradição leva a um aperto monetário maior do que seria necessário. As despesas do governo crescem a um ritmo de 10% ao ano em 2007, lembram os técnicos.

Os Indicadores Econômicos de julho mostraram que a utilização da capacidade instalada (UCI) aumentou em 2 pontos percentuais ante o mesmo mês do ano passado, ao atingir 82,5%. Contudo, os economistas da CNI não vêem nisso um problema de restrição da demanda, uma vez que a formação bruta de capital fixo cresceu 13,8% no segundo trimestre deste ano (ante igual período de 2006) e o consumo aparente de máquinas e equipamentos (calculado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA) cresceu 19,5% no mesmo período. “Ou seja, há indícios claros de crescimento da capacidade produtiva no Brasil, o que reduz os eventuais riscos de restrição à oferta de produtos a médio prazo”, explicam os técnicos da CNI.

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