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10/05/2012 - 10:21

Argentina pode estar sendo usada como boi de piranha

As críticas com relação ao problema da expropriação da participação da Repsol na YPF toma outras proporções, podendo gerar dificuldades na captação de recursos e investimentos de bancos e empresas estrangeiras. Sem ao menos haver o julgamento pelo Tribunal Internacional de Arbitragem, requerido pela então empresa Repsol, jornais já emitem opiniões, proferindo sentenças sumárias, inclusive a expulsão dos Hermanos do G20.

Há algum tempo os países emergentes são vistos com bons olhos pelos investidores que buscam melhor remuneração do capital. Em contrapartida, querem segurança com relação aos seus negócios. Portanto, ninguém investe ou faz qualquer opção de parceria sem ter uma segurança ou cobrar mais caro para que haja manutenção dos seus investimentos.

O problema em si é se a empresa Repsol cumpriu ou não o contrato relacionado aos investimentos que deveria ter feito no país, independentemente dos problemas gerados e como se trata de uma matriz energética. Estamos acompanhando o problema da Chevron no Brasil, em que as punições são mais brandas, tornando mais interessante economicamente poluir o ambiente e pagar as multas do que investir para evitá-las. É fundamental analisar de maneira profunda o contrato, os regulamentos e a legislação interna do país para evitar punições de empresas que provocam e expropriam recursos, sacrificando a população, não investindo o que se devem e beneficiando a ineficácia dos investidores internacionais.

Muitas vezes, observamos que para desviar as atenções criam-se situações para que os holofotes passem para os problemas pequenos, fazendo com que os grandes desapareçam. Hoje, aEuropa, principalmente a Espanha, passa por uma crise e, certamente, qualquer ação que seja efetuada desviando a intenção principal de cobrar ações fiscais podem tornar a visão turva, deixando passar determinadas situações internas, encobrindo problemas e jogando responsabilidades em outros.

A soberania de uma nação tem de ser respeitada, e o investidor que coloca seus recursos em outro país sabe dos seus riscos. Julgar sumariamente, como tem feito "The Wall Street Journal" é demonstrar desrespeito. Se existem erros ou descumprimento de contratos, que haja sim a punição. Porém, nessa história, precisa ser pontuado quem é o bandido e o mocinho.

.Por: Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina).

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