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27/09/2007 - 19:57

Mais oportunidades ao alcance do Brasil

Novo relatório anual da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) é um convite ao otimismo. Revela que a economia mundial manterá o ritmo e crescerá pelo quinto ano consecutivo, com estimativa de expansão global de 3,4% em 2007. Isto reacende as oportunidades do Brasil.

Mais ainda, se considerarmos análise específica do estudo: “Os países em desenvolvimento, incluindo muitos dos mais pobres, vão continuar a se beneficiar da forte demanda de produtos básicos. Esta tendência positiva, desde 2003, permitiu que várias nações em desenvolvimento, em todas as regiões, melhorassem suas balanças de pagamento externo e o equilíbrio fiscal e aumentassem o investimento. O cenário nunca esteve tão positivo para esse grupo, desde o início da década de 70”.

O Brasil, como sabemos, apesar de ser o emergente com maior potencial e mais recursos tecnológicos, industriais e naturais, inclui-se entre os que menos souberam aproveitar essas oportunidades. Vem, sistematicamente, crescendo abaixo da média mundial, dos emergentes e dos latino-americanos. As razões da baixa performance, que constituem o binômio “Custo e Burocracia Brasil”, todos conhecemos. Resta saber se o País saberá aproveitar a oportunidade que continua aberta.

Apesar da sinalização positiva representada pelos dados do crescimento do PIB no segundo trimestre, recém-divulgados pelo IBGE, o País continua em dívida com as lições de casa das reformas estruturais, em especial a tributária e previdenciária. Estes dois fatores deveriam ser objetos de urgente mudança, pois são responsáveis, respectivamente, por exagerada transferência de dinheiro dos setores produtivos ao governo e por parcela expressiva do desequilíbrio fiscal.

Ao invés das reformas, contudo, o governo prefere soluções simplistas para seu equilíbrio fiscal, como a prorrogação da CPMF. Repete-se o modelo de alternativas paliativas. Exemplo: ante sua incapacidade de fiscalizar e combater a sonegação de impostos, a Receita Federal preferiu implantar, de modo abrupto, a nota fiscal eletrônica, que não resolve a questão. O Brasil não pode, com posturas enviesadas e equivocadas, desperdiçar as oportunidades que continuam abertas no cenário mundial. Precisamos crescer — e muito — para resgatar o passivo social e vislumbrar o desenvolvimento.

Sem expansão substantiva da economia, jamais conseguiremos solucionar um paradoxo diagnosticado no relatório da UNCTAD: “O PIB per capita nas nações em desenvolvimento aumentou quase 30% entre 2003 e 2007, contra 10% nos sete países mais industrializados (...). Porém, apesar dessa tendência favorável, as diferenças na condição de vida entre os dois grupos permanece gigantesca”.

. Por: Antônio Leopoldo Curi, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Formulários, Documentos e Gerenciamento de Informações (Abraform).

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