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15/05/2012 - 08:57

“Adir Botelho – Gravador de Sonhos”

No Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro.

Uma importante coleção de xilogravuras do gravador carioca Adir Botelho poderá ser conferida a partir do dia 17 de maio (quinta-feira), no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro. Com curadoria da gestora cultural e artista plástica Lani Goeldi, sobrinha neta do grande gravador brasileiro Oswaldo Goeldi, e coordenação de produção de Iuri Frigoletto, a mostra faz um passeio pelo instigante universo da xilogravura de Adir - que foi assistente de Raimundo Cela e Oswaldo Goeldi.

Ao todo, estarão reunidas três séries do artista: Pedra Bonita, Caldeirão e Catumbi, além de xilogravuras inéditas, num total de 68 obras. “A mostra é uma homenagem a esse grande artista que por mais de 50 anos se dedicou à gravura. Adir teve seu reconhecimento quando pesquisou a história de Canudos e de Antônio Conselheiro criando centenas de xilogravuras sobre o tema, reunidas no livro Canudos - Xilogravuras, que ganhou da Associação Brasileira de Críticos de Arte o prêmio de melhor livro de arte nacional em 2002”, comenta Lani. Botelho também trabalhou como diagramador do jornal O Globo e decorador de grandes ambientes.

O artista tem forte ligação pela técnica, que utiliza a madeira como matriz, reproduzindo a imagem gravada sobre o papel. “O que faz a sugestividade da xilogravura (de xylon = madeira e graphe = gravar) é a atmosfera de liberdade que ela cria. Gravar em madeira é uma necessidade da criatividade humana, uma forma de questionar a natureza. Não se pode reinventar a xilogravura: ela será irresistível enquanto se mantiver fechada sobre o núcleo central de sua própria força. Gravar em madeira é uma aprendizagem constante, construção contínua de um saber profissional e humano. Tudo nela é expresso de maneira simples, objetiva. Índice de cultura, a xilogravura possui sua própria vida, sua própria historia. Seu ofício não é em si mais do que um meio. O ato xilográfico que damos a ele é o que realmente importa”, observa o artista.

O artista-Adir Botelho (Rio de Janeiro, 1932). Gravador, pintor, ilustrador, artista gráfico, desenhista, diagramador e professor. Estudou desenho no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, com Eurico Alves. Em 1951, matriculou-se no curso de arte da publicidade e do livro da Escola Nacional de Belas Artes, ministrado por Raimundo Cela, depois substituído por Oswaldo Goeldi. Adir foi assistente dos dois professores entre 1952 e 1961, quando assumiu o curso. Figura importante como artista plástico e decorador, criou A Trinca, com os colegas David Ribeiro e Fernando Santoro, e venceu o concurso de decoração da cidade do Rio de Janeiro com os sobrados de Debret. Outro relevante trabalho seu foi baseado na música A Banda, de Chico Buarque, o qual foi exibido no Canecão.

Curadoria: Lani Goeldi | Produção: Iuri Frigoletto| Cenografia e Id. Visual: Marcus Handofsky| Arte Educação: André de Miranda.

Exposição :“Adir Botelho – Gravador de Sonhos”, de 17 de maio a 24 de junho de 2012, de terça a domingo, das 12 às 19h, no Centro Cultural Correios, 2º andar, Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, Rio de Janeiro. Telefones: (21) 2253-1580 | www.correios.com.br .Apoio Cultural: Correios.Realização: Centro Cultural Correios.Entrada franca.

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