Presidente do BNDES diz que educação é caminho para garantia do crescimento sustentável

Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou no dia 27 de setembro, que a educação deve ser a mola-mestra para redução de desigualdades e para sustentabilidade do crescimento.

“É preciso persistir nas políticas de redução das desigualdades e de criação de oportunidades”, afirmou Coutinho, ao participar da abertura do fórum A Grande Revolução, Integração e Desenvolvimento e Democracia, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae).

Segundo ele, o atual cenário positivo da economia brasileira, favorecendo o crescimento do investimento em ritmo superior ao do Produto Interno Bruto(PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, é importante para garantir crescimento acelerado da oferta e contribuir, dessa forma, para a sustentabilidade econômica.

Coutinho destacou a importância da melhoria dos indicadores sociais e econômicos do país, principalmente a criação de postos de trabalho e o aumento da massa salarial brasileira, para a elevação da renda de vários segmentos da base da sociedade. Ele atribuiu o aumento da renda à política continuada de recuperação do salário mínimo e à política de redução do índice de desigualdades no país.

Na opinião de Coutinho, o número de empregos gerados este ano no Brasil poderá superar o total registrado no ano passado: 1,4 milhão. Ele disse que o BNDES tem interesse em apoiar o setor privado de educação, principalmente nas áreas de engenharia. “Há uma carência crescente de engenheiros e tecnólogos, além de outras tantas especialidades, como a dos geólogos, também carentes de recursos humanos. E um dos pontos importantes do desenvolvimento sustentável é ter recursos humanos.”

Coutinho informou ainda que iniciou entendimentos com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para financiar o ciclo de renovação do Sistema Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Para ele, a tarefa de levar educação a um contingente maior da população brasileira é mais fácil de ser realizada agora, no atual contexto de crescimento sustentado da economia.