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18/05/2012 - 08:51

Por que elas ganham menos?

Segundo consultor Eduardo Ferraz, as mulheres tem uma sobrecarga muito maior que a dos homens e isso faz a diferença na hora negociar o salário.

São Paulo – Apesar da participação da mulher no mercado de trabalho estar crescendo, inclusive em cargos de liderança em grandes organizações e em diversos segmentos, levantamento recente do IBGE revelou que o rendimento das mulheres continua 28% inferior aos dos homens nos últimos três anos.

Uma das explicações para esta questão, de acordo com Eduardo Ferraz, consultor em Gestão de Pessoas e estudioso da Neurociência Comportamental, é que a diferença salarial é definida quando o profissional escolhe qual moeda de troca ele dará prioridade em sua carreira. As empresas têm basicamente quatro moedas para oferecer aos seus funcionários: dinheiro, segurança, status e aprendizado.

“Quem gosta mais de dinheiro, inconscientemente deixará em segundo plano as outras moedas, abrindo mão principalmente da segurança que significaria horários fixos, estabilidade, e, portanto, tempo para dedicar à família. Há mais homens ganhando mais e em cargos de chefia, pois eles culturalmente priorizam a carreira e colocam a família em segundo plano”, explica o consultor, que complementa: “as mulheres, em sua maioria, priorizam trabalhos que lhes proporcionem mais segurança do que dinheiro. Não há uma opção melhor que a outra, apenas consequências” e tudo tem seu preço”.

No caso das mulheres, a escolha pela segurança é quase instintiva. “Elas têm uma sobrecarga muito maior que a dos homens. Além de estar sempre atualizada, ter cursos de especialização, e ser uma profissional brilhante, ainda tem que cuidar dos filhos, ser uma filha dedicada, ter o corpo saudável, cuidar da casa, ser amorosa com marido, e ainda ouvir – pacientemente - da sogra, que não dedica tempo suficiente à família. É um verdadeiro massacre, e pouquíssimos homens aguentariam a carga que a maioria das mulheres suportam”, descreve Eduardo Ferraz.

“É por isso que muitas mulheres tacitamente aceitam ganhar menos em troca de uma carreira que lhe dê mais segurança e flexibilidade para suas múltiplas jornadas”.

O consultor afirma que as mulheres que priorizam a carreira e entregam resultados consistentes, devem exigir chances parecidas com a dos homens. “Quer meu talento em tempo integral? Pague o mesmo que fulano ganha para realizar um trabalho parecido. Esta postura quase sempre funciona, pois ninguém quer perder um funcionário de alta performance independente do sexo”.

O preço é alto, mas para quem está disposta a pagar vale à pena investir, mesmo que muitas vezes tenha que adotar uma jornada “quíntupla”: ser ótima profissional, mãe, esposa, ganhar mais que os homens e ainda ser elogiada pela sogra...

. Por: Eduardo Ferraz, consultor em Gestão de Pessoas há 21 anos e especialista em treinamentos usando como base a Neurociência comportamental. Acumula mais de 30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos. É pós-graduado em Direção de Empresas pelo ISAD PUC-PR e especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos pela SBDG. Autor do livro “Vencer é ser você”, da Editora Gente. [www.eduardoferraz.com.br | www.facebook.com/eduardoferrazconsultor].

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