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28/09/2007 - 08:18

Paço Imperial

Individuais de Lena Bergstein, Maria do Carmo Secco, Lucia Laguna e Sérgio Sister

Em cartaz a partir de 28 de setembro a 11 de novembro 2007, terça a domingo, 12 às 18h, Praça XV de Novembro 48, no Centro – Rio de Janeiro (RJ).| Telefone: (21 ) 2533-4407. Entrada franca.

O Paço Imperial retoma sua programação de arte contemporânea de 2007, com as exposições individuais de Lena Bergstein, Maria do Carmo Secco, Lucia Laguna e Sérgio Sister.

"Marcas da memória" Pintura e vídeo - "Marcas da memória" reúne 26 pinturas e um vídeo de Lena Bergstein. A mostra dá continuidade à poética que a artista carioca desenvolve, baseada na arquitetura da memória, na topografia de traços e tramas e na tessitura de fios e nós.

Nas pinturas, ela usa a técnica da oxidação sobre folhas de prata, ouro e cobre, trabalhando as telas com costuras, linhas e alinhavos. A oxidação desfaz as folhas de metal, rasga suas bordas e deixa na superfície do quadro marcas sutis, ao mesmo tempo em que transforma as folhas em cor, imprimindo pigmentação de dourados, terras, alaranjados, azuis e verdes.

Enquanto as costuras marcam e estruturam intencionalmente o quadro, a oxidação é aleatória, sem previsão ou projeto. Na repetição várias vezes do processo, cores e marcas vão se somando e adensando os grafismos e a pigmentação.

Na sala seguinte, a artista mostra um vídeo que mescla fragmentos de suas pinturas com trechos de cartas escritas ao filósofo francês Jacques Derrida, memórias de sua estada na França, em 1995 e 1996. Em parceria com Derrida, Lena criou o livro "Enlouquecer o subjétil", que ganhou o Prêmio Jabuti 1999 de melhor produção editorial. Ainda nesta sala, a artista expõe desenhos inéditos da série parisiense "Bloc-notes Louvain-la-Neuve", de 1996.

Lena Bergstein nasceu no Rio de Janeiro. Cursou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde hoje dá aula, e o ateliê de gravura do MAM-RJ. Participou de bienais de gravura nacionais e internacionais, como as de Curitiba, Liubliana, Miami, Fredrikstad, Bradford e Taiwan. Em 2004, expôs no Instituto Ítalo-Latino-Americano, em Roma, e na Scuola Internazionale di Grafica, em Veneza. Faz individuais e participa de coletivas com regularidade em instituições públicas e galerias comerciais.

Desenho e livro de vidro - O conjunto de trabalhos desta mostra busca "refletir a desolação dos nossos tempos", explica Maria do Carmo Secco. Ela recorre ao contraste da delicadeza de uma rosa e seu "desenho" geométrico, de linhas rijas, feito com cacos de vidro incrustados na parede, como um "signo desse estado corrente de devastação, caos e ruína", descreve a artista.

Um livro de páginas de vidro, quatro trabalhos de colagem sobre papel, um texto poético do filósofo José Thomas Brum e o trecho de um poema, do século XVII, de Angelus Sibelius completam a exposição.

O título, em inglês, "Next" tem a intenção de "mundializar" essa desolação que a artista quer representar. "Acontece aqui e em todo o mundo", diz ela.

Maria do Carmo Secco estudou no MAM-RJ. Nos anos 60, participou de duas edições da Bienal Internacional de São Paulo. Na década de 70, expôs no MAM-SP e, no MAM-RJ, mostrou filmes em super 8. Na década seguinte, foi selecionada para a Bienal do México.

Além de individuais no Rio, em São Paulo, Belo Horizonte e Roma, a artista carioca participou de três edições de "A imagem do som", no Paço Imperial, que homenagearam Gilberto Gil, em 2001, Tom Jobim, em 2002, e os ícones do rock-pop, em 2003. No exterior, Maria do Carmo Secco expôs nas coletivas Brazilian Visual Poetry, no Texas, Latin American Drawing Today, na Califórnia, e Connections | Project | Conexus no Mocha-NY.

Pintura -A artista carioca mostra cerca de 30 pinturas, realizadas entre 2003 e 2007, a maioria inédita. O tema de seu trabalho é a paisagem que ela vê da janela do seu ateliê, em frente ao Morro da Mangueira, no Rio. Essa paisagem, porém, não é a tradicional, figurativa. É quase abstrata, transformada pela criação da artista, deixando alguma referência do real. Nas telas mais recentes, Lucia deixa o exterior, o que está do lado de fora, para focar o interior do seu estúdio.

Ela "desenha" na tela com fita crepe para demarcar as áreas de cor, aplica a tinta, retira e recoloca as fitas adesivas, delimita novos espaços e volta a aplicar tinta. O processo se repete infinitamente, até a artista dar por concluído cada quadro.

Lucia Laguna passou a se dedicar às artes plásticas 25 anos depois de ter se graduado em Letras. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ, onde estreou, em 1997, em uma exposição coletiva. Participou de outras coletivas na FUNARTE, no Paço Imperial, Centro Cultural Correios, da I Bienal Livre do Rio de Janeiro e da itinerante "Paradoxos", do Instituto Itaú Cultural, de São Paulo, em 2006.

Foi premiada, em 2005 e 2006 pelo Projeto Rumos, do Itaú Cultural, e ganhou a bolsa Marcantônio Vilaça para as Artes Visuais de 2006.

"Reagentes" pintura sobre papel - O artista plástico paulistano traz ao Paço Imperial cerca de 20 pinturas a óleo sobre papel chinês e japonês, inéditas no Rio de Janeiro, e realizadas, a partir de 2004. Como Sister mistura pigmento de alumínio ao óleo, as cores brilham como o metal.

Trabalhar sobre papel é mais surpreendente do que sobre tela, julga o artista. "O papel é mole, amassa, vinca, rasga, mancha, mas também reage, tolera ou rejeita a tinta e o jogo rápido das pinceladas", diz Sister. Essas reações físicas inesperadas deixam marcas, que são incorporadas ao trabalho.

Sérgio Sister participou da Bienal Internacional de São Paulo de 1967 e 2002. Desde 1983, já realizou 22 mostras individuais no Brasil. A mais recente foi em julho deste ano, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo. Sister tem obras nas coleções do MAM-RJ, MAM-SP, da Pinacoteca de SP e do Centro Cultural São Paulo.

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