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Vitória sedia evento sobre estratégias de inovação e política industrial

A partir deste encontro, o Estado do Espírito Santo integra a Rede Nacional de Agentes em Política Industrial.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial promoveu em parceria com Governo do Espírito Santo, Sebrae-ES, Bandes, Faesa, Tec Vitória, Fest, Pólo de Software de Vitória, Fapes, Secretaria de Ciência e Tecnologia e Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, o evento Estratégias Regionais de Inovação e Política Industrial, dia 5 de dezembro. Na ocasião foram apresentadas as instituições nacionais e regionais voltadas ao apoio à inovação tecnológica, além de cases regionais de inovação e sucesso. Entre as instituições nacionais, foram apresentados os instrumentos nacionais de inovação da FINEP, BNDES, INPI e Inmetro. No local, também foram disponibilizados espaços para esclarecimento de dúvidas, em balcões de atendimento, com a participação das instituições nacionais e das regionais IEL, Fapes, Bandes e Sebrae. O evento segue até dia 6.

O assessor da presidência da FINEP, Benedito Fonseca de Souza Aldeodato, falou sobre os projetos desenvolvidos pela instituição na área da inovação. “Nosso foco principal é contribuir para que as empresas se desenvolvam no mercado, por meio da inovação. A FINEP tem cerca de 1 milhão de reais em recursos para serem aplicados em projetos multisetoriais”, esclareceu Aldeodato. A FINEP atua na área científico-tecnológica e no desenvolvimento social. Entre os instrumentos de financiamento disponíveis na FINEP estão o Pro Inovação, Juro Zero, o Inovar e o Inovar Sementes (voltado para as pequenas empresas). “Nos concentramos em áreas como a TV Digital, nano tecnologia, fármacos, considerados projetos de destaque no panorama nacional”, destacou Aldeodato.

O representante do departamento de relações com o governo do BNDES, Vitor Alexandre Contarato Burns, apresentou como funciona o processo de concessão de crédito e as modalidades e linhas de financiamento do Banco. “O BNDES é o principal implementador das políticas públicas do governo federal. Direcionamos os investimentos por meio de condições facilitadas. Nosso foco está nas micro, pequenas e médias empresas”, enfatizou Burns.

A pesquisadora do Centro de Divulgação e Informação Tecnológica do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Zea Duque Mayerhoff, falou sobre a importância da proteção da propriedade intelectual e quais as formas de acesso a serviços nesta área. “O INPI não trata do patrimônio físico das indústrias, mas, sim, do conhecimento e do processo de inovação. A proteção da propriedade industrial não é um fim, é um meio”, afirmou Mayerhoff. A pesquisa realizada pelo Centro de Divulgação e Informação Tecnológica do INPI, avaliando as patentes registradas de 1999 a 2004, mostrou que, entre o maior depositante de pedidos de patentes foi uma instituição de ensino e pesquisa. “Este não é o quadro que se vê em países onde o sistema é amplamente explorado. Por isso, precisamos disseminar este conhecimento”. Zea destacou que existem cursos de capacitação, inclusive mestrados e MBAs, para formar profissionais que possam se tornar gestores do sistema de produção da propriedade intelectual. Entre os requisitos de patenteabilidade estão a novidade absoluta; atividade inventiva; e a aplicação industrial. “Ainda falta informação para o meio científico e empresarial, mas nosso objetivo é ampliar esta disseminação”, concluiu Zea.

O evento, gratuito e com vagas limitadas, tem continuidade amanhã, na Faculdade Espírito Santense de Administração (Faesa), quando será realizado o Curso de Formação de Agentes em Política Industrial. Esta iniciativa já passou por dez municípios das cinco regiões do país, onde foram capacitadas mais de 2 mil pessoas.

O objetivo do evento é mobilizar os atores locais e aproximar as instituições ligadas ao desenvolvimento industrial e à inovação dos agentes que utilizam os instrumentos da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE).

“A importância do evento em Vitória é trazer essa discussão da inovação e da política industrial para o Estado, que está fora do principal eixo econômico do País. Ao montar uma rede de pessoas e entidades, com um objetivo comum, pretendemos aumentar o acesso à informação e às fontes de recursos disponíveis, para que a indústria capixaba participe desse projeto no mesmo nível que outros Estados.”, comenta o diretor técnico de produto do Sebrae/ES, Evandro Milet.

Para o presidente da ABDI, Alessandro Teixeira, o evento vem fomentar ações positivas no Estado. “A economia capixaba vive um excelente momento impulsionado pela descoberta e exploração das reservas de petróleo e gás. Além disso, a indústria do Estado se destaca com produtos alimentícios, madeira, celulose, têxteis e siderurgia. Para dar apoio a essa economia em crescimento, decidimos realizar o encontro Estratégias Regionais de Inovação e Política Industrial. O setor produtivo precisa refletir sobre o impacto da Inovação Tecnológica na competitividade de seus negócios e conhecer a disponibilidade de mais de 180 linhas de recursos oferecidas pelo Governo Federal” afirma.

De acordo com recente estudo publicado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada), as empresas inovadoras pagam salários 23% superiores à média da indústria e geram postos de trabalho de melhor qualidade. A diferença salarial é ainda maior quando a comparação é feita com as empresas que não diferenciam produtos. O estudo indica também que as empresas inovadoras vendem ao exterior 116% a mais e conseguem um preço 30% superior em relação a outros exportadores. Empresas nacionais investem 80,8% mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como proporção do faturamento do que as filiais das multinacionais que operam no País. Menos de 19% das empresas brasileiras utilizaram algum apoio governamental para realizar inovação, enquanto 90% dos gastos em P&D são financiados com recursos próprios. Para Teixeira, a observação dos números faz com que seja “fundamental levar informações até a ponta, onde efetivamente atuam os agentes que fazem o desenvolvimento acontecer, para que sejam replicadas como conhecimento”.

ABDI - A Agência, instituída em dezembro de 2004, tem como missão promover o desenvolvimento tecnológico e industrial brasileiro por meio do aumento da competitividade e da inovação. O principal enfoque da ABDI está nas diretrizes e estratégias estabelecidas pela Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), da qual é coordenadora, articuladora e promotora. www.abdi.com.br

Estratégias Regionais de Inovação e Política Industrial – Vitória/ES, dias 5 e 6 de dezembro de 2006. Dia 5 (das 13h30 às 18h30) e dia 6 (das 8h às 18h), na FAESA (Faculdade Espírito Santense de Administração), R. Anselmo Ferrat, 199 – Ilha de Monte Belo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio do link: http://www.capacita.com.br/abdi/es/inscricao.htm ou pelo telefone 0800.399192

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