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24/05/2012 - 07:41

Rio-à-Porter: marcas com foco em sustentabilidade marcam presença no salão


A proximidade do Rio+20 tem despertado a consciência ambiental/sustentável também no ramo da Moda. Boa parte das marcas que estão apresentando suas coleções de Verão no Rio-à-Porter investiram em atitudes sustentáveis em suas produções: .A Natural Cotton Color, grupo da Paraíba que trabalha com algodão naturalmente colorido, desenvolvido pela Embrapa, vai apresentar no evento a coleção ‘Eco-nomica’. Por conta da forte seca que atinge o Nordeste, a marca investiu ainda mais no reaproveitamento de materiais e tentou evitar ao máximo o desperdício. A coleção traz peças com aplicações de tecidos e modelagens mais ‘secas’. A Natural Cotton Color apostou em roupas que não precisam ser passadas, uma maneira de economizar energia e reuniu um grupo de 60 agricultores familiares, localizados em um assentamento a cerca de 150km da capital, que ficaram responsáveis pelo plantio da matéria-prima ecologicamente correta. A marca espera um crescimento de 30% nas vendas em relação ao salão passado.

.A designer de joias Silvia Blumberg vai lançar duas coleções um tanto inusitadas. A primeira, batizada ‘Fruti Shake Carioca’, reunirá peças feitas da mistura de resíduos de sucos de morango e maracujá. Eles são misturados a pedras preciosas, prata reciclada e materiais garimpados em canteiros de obras como cimento, pirita e pó tijolo dando lugar a anéis, cordões e brincos. Já a outra coleção, intitulada ‘Bic Chic’, terá a mistura de cimento branco, topázios azuis e... restos de caneta Bic!

.Pós graduada pela PUC-Rio, a designer Elisa Paiva vai apresentar uma coleção feita com micro lâmpadas. A ideia surgiu no último ano de faculdade, durante o desenvolvimento do projeto final: a ideia era falar sobre a origem da vida através de peças feitas com cápsulas. Em uma visita ao mecânico, Elisa descobriu as pequenas lâmpadas usadas em lanternas de carros. Fez um então, um acordo com o mecânico para coletar as lâmpadas queimadas e que seriam descartadas. O resultado são pingentes e colares inusitados.

.A designer de jóias Márcia Mór, do Pólo Jóia Carioca, vai apresentar no evento duas peças inusitadas. A primeira, batizada de anel Escargot, tem como matéria-prima a concha do escargot, garimpada nos principais bistrôs e restaurantes franceses do Rio. A peça custará em torno de R$ 460. Já a inspiração para os brincos veio da tribo indígena Caiapó, do alto do Xingu. As peças são feitas a partir do Ulurí, cinto que as mulheres da tribo passam a usar após a primeira menstruação e que simboliza que elas estão prontas para ter filhos. O material foi cedidos pelos índios à designer.

. A JS, da designer Julieta Sandoval, aposta na reciclagem de papel lançando quatro novas linhas de acessórios nesta edição do RAP: ‘Klimt’, com detalhes em dourado; ‘Suminagayi’, técnica japonesa que mescla tons de azul; ‘OP Art’ (anos 80) e seu silk exclusivo e a de jeans tricotado, com bolsas e carteiras customizadas. Pela primeira vez a marca lança seu silk estampado próprio associado a um mix de materiais e texturas. A designer aposta no preto e branco e nos detalhes em cores fortes.

. Já a Monica Krexa lança peças na versão dourada do alumínio, ecologicamente tingido, sem abandonar a sua matéria-prima na versão original. “No Brasil se aposta muito no dourado e chegou a hora de atender a essa demanda crescente. Buscamos um tingimento de qualidade e com responsabilidade ambiental”, explica Krexa. São brincos, anéis, braceletes e adereços de cabeça, além das bolsas e carteiras em lona e em couro sintético e ecológico. Outro destaque está o uso de pedras nas peças. Há colares em madrepérola.

. A Azaí Biquinis aposta numa coleção em lycra cirrè, que modela as curvas e dá um efeito de couro na peça. A marca utiliza como matéria-prima a lycra tecnológica. Saídas de praia e malhas com tecidos de fibras de bambu, de toque suave e extra macio. Estampas em preto e branco e Tie Dye. Pela primeira vez, a marca apresenta uma linha de biquínis com detalhes em papel reciclado, em parceria com a JS Design Sustentável: alças e detalhes.

.A ONNG, do Mato Grosso, estreia no salão com uma coleção de 20 camisetas com tecidos desenvolvidos a partir de garrafas PET recicladas, algodão orgânico e fibra de bambu. A grife, que começou como uma loja multimarcas, hoje dedica 50% de sua produção a peças próprias.

. Já a designer Celeste Heitmann, do Pará, vai apresentar uma bolsa de mão feita a partir de coadores de café. O material passou por um tratamento especial e ganhou estamparia com acabamento de camurça.

.A marca de calçados Comparoni, da Paraíba, vai levar para o salão sapatos produzidos com algodão ecológico – que já nasce naturalmente colorido, sem uso de aditivos e corantes – e técnicas artesanais. Os calçados e acessórios da marca são produzidos em um casarão centenário no Centro Histórico de João Pessoa-PB. Desde que surgiu no mercado, a empresa tem como foco desenvolver moda ecologicamente correta e socialmente justa. A produção das peças contribui para azeitar uma cadeia produtiva importante para a economia local. O trabalho artesanal com a renda renascença envolve 400 mulheres reunidas em cinco associações no Cariri paraibano. O couro de peixe, entre outros componentes, têm origem em Campina Grande, pólo do setor calçadista do Nordeste.

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