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29/09/2007 - 13:23

Fenashore 2007 se afirma como principal evento do setor no País


Investimentos anunciados superam a casa de US$ 1 bi.

A II Niterói Fenashore 2007 fechou com números que comprovam a força econômica da indústria naval e offshore de Niterói. Durante os quatro dias de evento, foram anunciados investimentos de US$ 1,2 bilhão. Entre os empreendimentos anunciados durante a feira estão o dique seco, a ser construído pelo estaleiro Mac Laren, um projeto de R$ 140 milhões; a construção de mais quatro navios da Transpetro pelo estaleiro Mauá Jurong; a modernização da plataforma Olinda Star, da Queiroz Galvão Óleo e Gás, também pelo estaleiro Mauá-Jurong e a construção de um barco de apoio da CBO-Aliança, com financiamento do Banco do Brasil, o primeiro crédito da instituição para o setor naval.

Evento com prestígio político - Além dos investimentos e negócios anunciados, a Niterói Fenashore 2007 se destacou por reunir figuras de ponta da política nacional, a começar pelo presidente da República em exercício, José Alencar, que participou da mesa de abertura da do evento. Também participaram da Conferência e visitaram a feira os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e dos Portos, Pedro Brito; o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio, Júlio Bueno, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o presidente da Companhia Docas, Jorge Melo, entre outras autoridades do Governo federal, do Governo estadual, de prefeituras do estado do Rio e da própria Prefeitura de Niterói. Cerca de 16 mil pessoas visitaram a Niterói Fenashore 2007.

A secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói, Jandira Feghali, destacou ainda a importância da Arena Social, por onde circularam cerca de 1.200 pessoas, e elogiou a qualidade dos expositores e das palestras proferidas durante a conferência. “A Niterói Fenashore conseguiu traduzir a expressão de centro de excelência do município, com novos lançamentos tecnológicos trazidos pelas universidades, empresas e instituições”, disse ela.

Rodada de Negócios fecha com resultado acima da expectativa - A secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói, Jandira Feghali, ressaltou na cerimônia de encerramento da II Niterói Fenashore 2007, o sucesso da Rodada de Negócios, promovida pelo Sebrae e pela ONIP, que gerou R$ 89,2 milhões em novos contratos ­- 40% a mais do que a primeira edição da Niterói Fenashore, em 2005. A rodada reuniu 227 pequenas e médias empresas do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Bahia, Paraná e Santa Catarina, além da argentina Giron. Os negócios foram resultado dos 612 encontros realizados entre pequenas e médias empresas fornecedoras e 13 grandes compradoras do setor.

Mac Laren Oil lança primeiro dique seco do Estado - A secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói, Jandira Feghali, foi madrinha do Complexo Integrado Naval Offshore, que será construído pelo estaleiro Mac Laren. O lançamento da pedra fundamental que do empreendimento foi um dos eventos da Niterói Fenashore 2007. A anfitriã foi a presidente da Mac Laren Oil, Gisela Mac Laren, única mulher à frente de um estaleiro no Brasil. O complexo inclui o primeiro dique-seco do Estado do Rio pelo estaleiro, que colocará o estado em condições de igualdade com o Sul do País na competição pelas obras da Petrobras. A cerimônia, no dia 26, que fez parte, contou com também a presença do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, e do prefeito de Niterói, Godofredo Pinto.

Com investimento de R$ 140 milhões e financiamento do Fundo de Marinha Mercante (FMM), o dique seco da Mac Laren Oil será capaz de abrigar a construção ou reforma de uma plataforma semi-submersível ou de três navios de suprimento (Platform Supply Vessels), simultaneamente. A secretária Jandira Feghali prometeu empenhar esforços para que o aço usado na construção naval brasileira venha da indústria nacional, mas ressaltou que os estaleiros não ficarão reféns de preços abusivos.

Também participaram do lançamento da pedra fundamental do complexo o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca; do secretário executivo do IBP, Álvaro Teixeira; o gerente-executivo de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco; o gerente-executivo de Exploração e Produção da Petrobras, José Antonio de Figueiredo, e do presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

Formalizado início da reforma da plataforma Olinda Star - O estaleiro Mauá Jurong e a Queiroz Galvão Óleo Gás assinaram, no último dia da Niterói Fenashore 2007, no estande da Prefeitura de Niterói, a ata de início das obras da plataforma semi-submersível Olinda Star. A modernização da plataforma permitirá a manutenção de 500 empregos durante o período de obras, que tem conclusão prevista para o final do ano que vem.

A secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói, Jandira Feghali, foi uma das que assinou o documento. Quando pronta, a plataforma originalmente projetada para ser uma unidade de perfuração, voltará à sua atividade de origem, depois de ter operado como unidade de produção. A modernização qualificará a Olinda Star a perfurar até 7 mil metros, ancorada em lâmina d´água de 1,1 mil metros, em projetos específicos nas Bacias de Santos e Campos.

Preço do Aço esquenta debate durante Conferência na Fenashore 2007 - Em meio à negociações com o setor siderúrgico sobre o preço do aço, a Transpetro poderá lançar, ainda este ano, a segunda fase de seu Programa de Modernização e Expansão da Frota. A afirmação foi feita durante a Niterói Fenashore pelo presidente da empresa, Sérgio Machado. Segundo ele, a quantidade de navios a ser encomendada deve ser de, no mínimo, 16.

Machado fixou em novembro o prazo máximo para que seja resolvida polêmica sobre o preço do aço, do qual depende a construção dos 26 navios encomendados na primeira fase do programa.

Apesar de o País ter grandes reservas de minério de ferro e de as siderúrgicas brasileiras serem competitivas, exportando 30% da produção, os preços do aço vendido aqui são de 20% a 40% superiores aos do produto exportado. Juntos, Coréia, Japão e China respondem por 88% da produção mundial da indústria naval, de 1,88 mil navios, em 2006.

Durante conferência na Fenashore, o diretor técnico do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Rudolf Buhler disse que o dólar estivesse a R$ 2,50, este debate não existiria. Na avaliação de Buhler, “A questão não é preço. É custo. Quando se consideram todas as variáveis, como câmbio, transporte e custo de estoque, o preço do aço é competitivo”.

As declarações do IBS foram questionadas pela secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói, Jandira Feghali. “Um pouco mais caro é suportável porque o Brasil não dá o subsídio que outros países dão à produção de aço. Muito mais caro é que não pode ser”, disse.

Ministros anunciam aumento de financiamento e programas de capacitação profissional para o setor naval.

O Fundo de Marinha Mercante (FMM) liberou, apenas este ano, mais de R$ 1 bilhão para a indústria naval, quase o dobro do montante destinado para obras navais no ano passado. Os dados foram apresentados pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que participou da palestra “Visão atual e perspectivas do Programa de Modernização e Expansão da Marinha Mercante Brasileira”, na Niterói Fenashore. Segundo Passos, o Governo federal também trabalha com a perspectiva de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também vá aportar recursos suplementares, para sustentar o crescimento da construção naval.

Em 2007, já foram entregues nove embarcações de apoio marítimo, no valor de R$ 425,4 milhões, e contratados 19 petroleiros, totalizando R$ 3,7 bilhões. Estão em análise operações para a construção de mais 14 embarcações de apoio marítimo, que somam R$ 904 milhões, e de seis rebocadores, orçados em R$ 65 milhões.

Já o ministro do Trabalho e Emprego,Carlos Lupi, disse, durante a palestra Capacitação Profissional – estratégia, projetos e Recursos – vinculação com o setor naval Offshore, que vai estudar projetos específicos de qualificação para a indústria naval. O ministro Lupi defendeu a utilização recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar a construção naval.

De acordo com o ministro, dos R$ 160 bilhões do FAT, há R$ 550 milhões a serem destinados à qualificação, por meio de convênios com estados e municípios. Carlos Lupi pretende estender o convênio do Ministério com unidades do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet) do Rio de Janeiro e de Campos à unidade que está sendo construída em São Gonçalo, município vizinho a Niterói. Juntos, segundo o ministro, o Cefet do Rio e o de Campos estão formando, este ano, mais de 1,5 mil profissionais.

Nos últimos cinco anos, o número de trabalhadores na indústria naval de Niterói saltou de 1,5 mil para 12,5 mil. O município emprega, hoje, um terço dos trabalhadores formais do setor em todo o país. A meta, segundo prometeu o ministro do Trabalho e Emprego, é chegar a 20 mil ou 25 mil trabalhadores nos próximos cinco anos.

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