História do Gruponove é registrada em livro escrito por Homero Fonseca

“A Prova do Nove - 30 anos do Gruponove, uma trajetória singular” é o nome do livro que conta a história da agência publicitária pernambucana. A obra escrita pelo jornalista Homero Fonseca, vai ser lançada no dia 1º de outubro, no JCPM Trade Center, e retrata mais do que um exemplo de sucesso de uma empresa, apresenta uma viagem no tempo que começa na década de 70.

Acompanhando o registro do autor, que presenciou o surgimento da agência durante seu curso de Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, o leitor vai poder conferir o nascimento do Gruponove, que se deu em 1974, no auge da ditadura militar e de movimentos feministas sob liderança de Betty Friedan. Detalhe é que a empresa era formada inicialmente apenas por mulheres, nove delas. De acordo com Homero, “No Recife, um grupo de moças bem-informadas, mas indiferentes às palavras de ordem específicas do movimento das mulheres americanas, buscava seus próprios caminhos...”.

Entre fotos, imagens antigas, peças publicitárias marcantes e registros curiosos, inclusive em guardanapos de papel, pode-se passear pelo comportamento da época, moda, restaurantes da cidade, filmes em cartaz, cinemas existentes, discos de sucesso, livros. A história envolvente é contada também através de depoimentos de personalidades que testemunharam o crescimento do Gruponove. O sócio-fundador da DPZ, Roberto Duailibi, o jornalista Antônio Martins, os empresários Paulo Miranda, Halim Nagem Neto e diversos clientes antigos e atuais, estão entre os que falaram sobre a agência.

O ano de 2001 foi de grandes mudanças para o Gruponove que garantiram muitas das vitórias atuais. Contratações de mentes jovens e criativas foram viabilizadas, assim como a sociedade com Giovanni di Carlli. Depois de várias negociações, a publicitária Chris Bradley também se juntou ao Grupo, agregando sua pequena agência Plug à empresa, que passava de 39 funcionários a 50, com uma carteira de 30 clientes.

A repaginada não parou por aí. Devido às tendências da comunicação empresarial, surge o braço promocional da agência, a Promonove. Segundo Giovanni di Carlli, “era uma exigência do mercado, de olho nas tendências contemporâneas da propaganda: uma agência não podia mais se limitar a produzir anúncios, tinha que ver a comunicação do cliente de forma integrada, caminhando passo a passo com o marketing”. Na temporada, a empresa deu mais um grande avanço, montou uma estrutura em São Paulo, onde atende contas nacionais.

No começo da agência, os passos foram tímidos, “como costuma acontecer aos estreantes, mas logo a empresa conquistou grandes contas, prêmios por campanhas criativas, parcerias com agências de peso de outros estados.”, justifica Homero Fonseca, que acompanhou a trajetória. Hoje, o Gruponove é formado por Cecília Freitas, uma daquelas nove fundadoras; tem Giovanni di Carlli, como sócio e diretor de atendimento; e Chris Bradley, que representa a empresa em São Paulo, como vice-presidente.

Outro marco recente na agência, foi a contratação, em 2006, do premiado diretor de criação, Fernando Lima, que integra junto a Cecília, Giovanni e Chris, a equipe executiva do Gruponove. Da equipe fundadora permanecem, além de Cecília, Maria Lúcia Pereira, Nylce Barbosa e Tânia Trigueiro.

O Gruponove atua hoje pensando permanentemente em termos de tendências, conceitos e oportunidades de negócio. As necessidades e o comportamento dos consumidores são estudados para que se possam criar resultados adequados ao produto final do cliente. Grandes novas contas estão sendo firmadas, inclusive em nível nacional, que vão ser atendidas pela filial da agência em São Paulo.

No Recife, a empresa está de malas prontas para mudança. Segue para um casarão, com projeto do arquiteto Carlos Augusto Lira, na Rua Padre Roma, nº 601, no Parnamirim.