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25/05/2012 - 08:22

ABEEólica desenvolve MRE hidroeólico para mitigação de riscos no Mercado Livre de Energia

Estudo técnico realizado pela instituição comprova eficácia do novo mecanismo quanto à mitigação de risco da fonte eólica no ambiente de contratação livre.

A ABEEólica - Associação Brasileira de Energia Eólica, instituição que congrega e representa o setor de energia eólica no País, realizou um estudo de mitigação de riscos financeiros para a geração eólica, utilizando o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) hidroeólico, cujo objetivo é promover maior atuação da fonte eólica no Mercado Livre de Energia. O estudo técnico foi apresentado hoje, 24 de maio, durante a realização do Seminário sobre Mercado Livre, organizado pela instituição.

O MRE hidroeólico foi concebido observando-se dois aspectos principais: a complementaridade entre as chuvas e os ventos e o existente modelo MRE utilizado para usinas hidrelétricas. No modelo hidráulico, quando há períodos de diminuição ou ausência de chuvas em determinada região do Brasil, os reservatórios podem ficar com baixo armazenamento, enquanto que outra região pode apresentar um nível elevado em seus reservatórios. Nesses casos, a geração de energia elétrica dessas usinas pode ser cedida para auxiliar no cumprimento do contrato das usinas com baixa geração no período.

De acordo com a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Melo, a instituição realizou um estudo técnico para um MRE hidroeólico, com o objetivo de avaliar a complementaridade entre as fontes eólica e hidráulica para geração de energia elétrica e identificar a oportunidade de implementação de um mecanismo de mitigação de riscos climatológicos. “Como o Brasil tem a predominância de geração de energia elétrica a partir da hidroeletricidade, realizamos um trabalho de simulação do novo MRE. Se no momento em que existir vento, as chuvas estiverem com baixa intensidade e vice-versa, um mecanismo de troca de energia entre as fontes é pertinente e eficiente para a o sistema elétrico”, destaca Elbia.

A simulação do MRE hidroeólico exigiu a definição de cenários de operação futuros e, portanto, a utilização de séries climatológicas hidráulicas e eólicas consistentes entre si, capazes de preservar a inter-relação climatológica. Também foram considerados um levantamento de séries históricas do PSD/NOAA para cada região (quadrículas Nordeste e Sudeste), simulando parques eólicos equivalentes de energia eólica, e a existência dos parques eólicos já contratados em leilões, assumindo uma curva de produtibilidade típica de acordo com o total instalado e as séries de velocidades de ventos disponíveis.

Após as simulações foi possível notar o benefício da inserção da fonte eólica no MRE juntamente com as hidroelétricas. Nos períodos críticos, 2001 para hidráulicas e 2009 para eolicas, é possível observar bons resultados. “O estudo técnico aponta que, um cenário de escassez, associado ao racionamento, teria sido amenizado pela energia eólica. Ao mesmo tempo, o cenário de escassez eólica teria sido abrandado por energia secundária hidroelétrica, beneficiando o sistema”, ressalta Elbia.

A presidente executiva destaca que vem apresentando os estudos para as principais instituições do setor e para grupos técnicos, como MME, EPE, ANEEL, CCEE, ABIAPE, APINE e BNDES. O objetivo é propiciar discussões técnicas para em seguida apresentar uma proposta ao Ministério de Minas e Energia.

2012 – Ano do Mercado Livre de Energia -A implementação de um Mecanismo de Realocação de Energia para a fonte eólica será apresentado no âmbito da campanha 2012 – Ano do Mercado Livre de Energia, que tem o objetivo de valorizar as contribuições que o mercado livre de energia elétrica oferece à economia brasileira, ampliando o conhecimento sobre diversos aspectos do seu funcionamento a vários segmentos da sociedade, além de propor aprimoramentos regulatórios e de mecanismos de gestão, de modo a potencializar benefícios para todos: governo, indústria, comércio e consumidores.

“A finalidade é apresentar um mecanismo que irá aprimorar a gestão de riscos e segurança da geração eólica no ambiente livre de energia, assim como já dispomos de mecanismos para esse fim no ambiente regulado”, explica Elbia.

A campanha é uma realização das associações ABEEólica, Abiape (investidores em autoprodução de energia), Abrace (grandes consumidores industriais de energia e consumidores livres), Abraceel (comercializadores), Abragel (geração de energia limpa), Abragef (geração flexível), Abraget (geração térmica), Anace (consumidores de energia) e Apine (produtores independentes e geradores de energia elétrica). [www.anodomercadolivre.com.br ].

ABEEólica-Para garantir o desenvolvimento eólico nacional, a ABEEólica incentiva a garantia de viabilização dos projetos de longo prazo a fim de estimular a expansão anual da geração eólica, o financiamento acessível com garantias adequadas ao tipo de negócio e as políticas ambientais alinhadas aos benefícios que a energia eólica proporciona ao meio ambiente.

Com um total de 94 empresas associadas, a ABEEólica é presidida por Otavio Silveira, com Lauro Fiúza Junior, Ricardo de Maya Simões, Paulo Celso Guerra Lage, Laura Fonseca Porto, Pedro Figueiredo Cavalcanti, Renato Amaral, Rosana Rodrigues dos Santos e Eduardo Leonetti Lopes na vice-presidência. Elbia Melo é presidente executiva e Pedro Perrelli é o diretor executivo. No Conselho Fiscal estão Flavio Nusbaum e Roberto José da Silva (Tomé Equipamento e Transportes), Luiz Fernando Cordeiro e Gerge Herwig (EPP Renováveis) e Arthur Pereira e Rodrigo Lorenzo (Siemens LTDA). Completando o quadro, a associação é formada ainda pelos Conselheiros, Afonso Carlos Brumn Aguilar (Alubar Energia), Charles Messias Buldrini Filogonio (Andarade Gutierrez), Armando Leite Mendes de Abreu (Braselco Serviços de Consultoria e participações), Fabio Makhoul ( Contour Global Brasil), Marcio Severi (CPFL Renováveis), Ronaldo dos Santos Custódio (Eletrosul Centrais Elétricas), Luis Enrique Pscarmona (Energimp), Ricardo Perez Botelho (Energisa), Edgard Corrochano (Gamesa), Hernan Saavedra Herrera (GE Energy), Fernando Chein Muniz (Odebrecht Energia), Marcelo Hutschinski ( Vestas do Brasil Energia Eólica), Roberto Miranda (Alstom), Roberto Carlos Araujo (MPX Energia), Sergio Abranches ( Pacific Hydro) e Marcelo Leite Marder (Atlantic Energias Renováveis).

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