Onip promove missão empresarial à Colômbia

A missão empresarial promovida à Colômbia pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), em parceria com o Sebrae, Apex e o Prominp, superou as expectativas dos organizadores: das 19 empresas que participaram, 14 deixaram Bogotá com promessas de bons negócios a médio prazo. O evento foi realizado entre os dias 16 e 20 de setembro.

Segundo Bruno Musso, superintendente da Onip que coordenou a missão, foram realizadas 240 reuniões da delegação brasileira com a Petrobras Colômbia, Ecopterol e Hocol e outras 40 empresas colombianas, que podem resultar desde a representação de produtos brasileiros na região até joint-ventures entre empresas dos dois países. A expectativa é que o evento gere encomendas de até US$ 5 milhões nos próximos doze meses.

O encontro atendeu a uma demanda do projeto Prominp "IND P&G 21", que tem como meta aumentar as compras no Brasil das subsidiárias da Petrobras na Colômbia, Venezuela, Peru, Argentina, Equador e Bolívia. Em 2005, as seis empresas compraram US$ 1,5 bilhão, sendo 6% no Brasil.

- Em 2007, a Colombia produziu , em média, 17 mil barris de óleo equivalente por dia. O país produz principalmente petróleo em terra e agora está investindo na exploração offshore. O mercado está crescendo. Por isso é importante que as empresas brasileiras façam contatos e comecem a conhecer os players na Colômbia. A missão cumpriu esse papel, ajudando os fornecedores no acesso ao mercado - explicou Musso.

Luiz Carlos de Souza, gerente da Autosiste Automação, é um dos que voltou satisfeito com o resultado do encontro. A Autosiste desenvolveu, em parceria com o Cenpes, da Petrobras, um visor anti-chamas para caldeiras de refinarias e durante o evento, Souza fez uma demonstração do produto, despertando o interesse de várias empresas colombianas.

- Agora só falta escolher um representante para dar início ao contrato de implementação do produto na Colômbia. Nosso objetivo é instalar 600 unidades no país em um ano - diz ele, acrescentando que no Brasil já existem 1.610 unidades instaladas em todas as refinarias e a expectativa é daqui a dois anos chegar a duas mil unidades.

Eduardo Antônio da Costa, gerente da Gávea Sensors, também achou que o país tem boa demanda para o seu produto - sensores de fibra ótica para controle de vazamento, pressão e temperatura do fundo do poço.

- A missão em Bogotá foi excelente para possibilidades de desenvolver um projeto piloto na Colômbia. No Brasil, esses sensores estão instalados na região Nordeste, em poços da Bahia e Sergipe. Nosso projeto a curto e médio prazo é ampliar nosso mercado para América Latina, principalmente Argentina, Venezuela e Colômbia - explicou.

Além das tradicionais rodadas de negócios, as empresas brasileiras assistiram apresentações dos planos negócios da Petrobras Colômbia, da estatal Ecopetrol e da petroleira privada Hocol. O ministro das Minas e Energia da Colômbia, Herman Martinez Torres, também apresentou um panorama do setor aos empresários.