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31/05/2012 - 08:50

Tabagismo também é responsável por causar infertilidade

No Dia Mundial de Combate ao Fumo, população deve ser alertada a respeito dos efeitos nocivos do cigarro ao aparelho reprodutor, tanto do homem quanto da mulher.

No dia 31 de maio é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Fumo. Todos os fumantes sabem – ou deveriam saber – que o cigarro contém mais de 4000 componentes químicos, incluindo 43 carcinogênicos (que podem causar câncer). As pessoas em geral também têm consciência de que ele é responsável por diversos danos à saúde, principalmente por causar câncer no pulmão e doenças respiratórias. Já, quando se trata dos efeitos causados à fertilidade, muitos não sabem das consequências que o hábito de fumar traz aos casais que desejam ter filhos.

De acordo com o Tratado de Reprodução Humana Assistida da SBRH (Sociedade Brasileira de Reprodução Humana), há diversas complicações que podem resultar em pacientes inférteis e que estão relacionadas ao tabagismo:

Nas mulheres: o cigarro é responsável por mudanças no ciclo reprodutivo, por alterações hormonais, por diminuir a reserva ovariana, pela diminuição das taxas de sucesso em tratamento de reprodução assistida e, ainda, pode ser prejudicial durante toda a gestação. Nos homens: o fumo altera os sistemas de defesa dos espermatozoides contra oxidação, além de poder modificar parâmetros avaliados em espermogramas.

“O cigarro também tem um papel mutagênico, ou seja, é capaz de realizar mutações tanto no óvulo como no espermatozoide”, afirma Dra. Silvana Chedid, que é especializada em Reprodução Humana e diretora do IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade) em São Paulo. A doutora também redigiu boa parte do Tratado da SBRH.

Ainda, conforme descrito no documento, o tabagismo está ligado à perda gestacional, tanto em gravidez espontânea quanto na concepção após ciclos assistidos [procedimentos que são necessários em um tratamento de reprodução assistida]. O tratado também cita estudos que comprovam que mulheres que fumam mais de 20 cigarros por dia têm quase quatro vezes mais chances de terem uma gravidez ectópica – que ocorre fora da cavidade uterina.

Outras pesquisas demonstram que os homens fumantes também podem ser bastante afetados: “é possível que haja redução na densidade, mobilidade e, até mesmo, na morfologia dos espermatozoides”, esclarece a doutora.

“Estudos conduzidos pelo IVI (Insituto Valenciano de Infertilidade), que é líder em reprodução assistida na Europa, concluem, por exemplo, que a combinação entre tabaco, cafeína e obesidade pode diminuir em 30% a probabilidade de se ter um filho”, explica a doutora que é responsável pelo instituto recém-chegado ao País.

IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade) -Com sede em Valência, na Espanha, o instituto iniciou suas atividades em 1990. Possui 22 clínicas, em oito países e é líder europeu em medicina reprodutiva, com um total de 50.000 nascimentos em todo o mundo.

Desde 2010 está no Brasil, quando inaugurou sua primeira unidade em Salvador, em parceria com Dra. Genevieve Coelho e sua equipe. Em 2012, o instituto chega a São Paulo por meio de parceria com a clínica Chedid Grieco de Medicina Reprodutiva, dirigida pela Dra. Silvana Chedid, especializada em reprodução assistida. Com a chegada do IVI ao País, chegam também novas técnicas para o tratamento da infertilidade no Brasil, como a vitrificação de óvulos, o diagnóstico genético pré-implantacional e a embrioscopia.

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