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31/05/2012 - 08:50

Surto de hepatite A e casos de meningite meningocócica destacam a importância de manter o calendário de vacinação em dia

O estado do Rio de Janeiro registrou 133 casos de meningite meningocócica e 24 óbitos desde o início de 2012. O município de Mangaratiba, também no Rio, declarou surto de hepatite A, em maio. Além das mortes e internações hospitalares, que são prejuízos diretos mais sentidos, essas doenças têm como consequência o absenteísmo no trabalho e escola, trazendo um grande ônus social e econômico. Porém, tanto a hepatite A como a meningite meningocócica podem ser evitadas através da imunização. “Estar com o calendário de vacinação em dia é a forma mais simples e eficaz de manter uma vida saudável e se prevenir contra as doenças infectocontagiosas”, afirma Flavia Bravo, gerente médica da Vaccini, que há mais de 20 anos atua em imunizações.

A meningite é uma inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro). A doença atinge principalmente crianças menores de dois anos de idade, mas adolescentes e adultos também podem ser infectados. No Brasil, o principal tipo de meningite é a meningocócica, causada pela bactéria meningococo. “Os bebês são o grupo de maior risco. Porém, em caso de surtos, adolescentes e adultos são as principais vítimas”, explica Flavia. A médica ressalta que a doença é grave. “O meningococo pode levar ao óbito ou deixar o paciente com sequelas permanentes.”

A hepatite A, já confirmada em mais de 50 pessoas em Mangaratiba, em geral, não apresenta o mesmo risco de óbito e complicações sérias, mas pode causar mal-estar com sintomas de náusea, vômito e prurido. “Não existe tratamento específico para a hepatite (doença inflamatória do fígado), por isso a imunização é essencial. Atualmente, há vacinas contra as hepatites A e B”, diz a gerente médica da Vaccini.

Vacinação -A vacina da hepatite A é indicada para pessoas de qualquer idade a partir dos 12 meses de vida. São duas doses, com intervalo de seis meses. Apesar de não ser oferecida nos postos de saúde da rede pública, a vacina é encontrada em clínicas privadas de vacinação.

A imunização contra o Meningococo C está disponível gratuitamente na rede pública para crianças menores de dois anos, mas a vacina é recomendada para todas as idades. Para pessoas não incluídas na faixa etária imunizada gratuitamente, clínicas privadas legalizadas junto ao Ministério e às Secretarias de Saúde oferecem a vacina meningocócica C e também a vacina meningocócica ACWY.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil é um dos mais completos do mundo, mas não consegue proporcionar todas as vacinas gratuitamente à população. Sendo assim, o Ministério da Saúde foca sua estratégia na prevenção de grupos de maior risco – como os menores de dois anos, no caso da meningite meningocócica. As vacinas não incluídas no PNI são aplicadas na rede privada de clínicas de vacinação. “Ao receber a vacina, o indivíduo preserva a sua própria saúde e também ajuda a reduzir a circulação de agentes patogênicos entre todos – até não imunizados. Manter o calendário de vacinação atualizado é fundamental e contribui para o bem-estar geral da sociedade. É um ato de cidadania”, ressalta a médica. Os calendários de vacinação estão disponíveis no site da Sociedade Brasileira de Imunizações (www.sbim.org.br/calendarios.htm).

Outras doenças infectocontagiosas -Os surtos de hepatite A e os casos de meningite meningocócica no Rio também chamam a atenção para a importância da imunização contra outras doenças. A realização de eventos de grande porte no Rio de Janeiro – em junho acontece a Rio+20 – potencializa a circulação e a transmissão de agentes patogênicos e, em consequência, a ocorrência de certas doenças. “O sarampo está controlado em nosso país, mas pode ser transmitido por turistas estrangeiros”, exemplifica Flavia. A vacina tríplice viral protege contra caxumba, sarampo e rubéola. A gerente médica também indica a vacina tríplice bacteriana que previne contra tétano, difteria e coqueluche. Ela deve ser atualizada a cada dez anos, para todas as pessoas.

Relações sexuais desprotegidas e exposição a agulhas, alicates e outros instrumentos cortantes contaminados podem ser a porta de entrada para a hepatite B (altamente infecciosa). A doença é considerada hoje um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, sendo responsável por cerca de um milhão de óbitos anualmente. “A vacina da hepatite B está disponível na rede de saúde pública para a imunização de recém-nascidos e jovens de 11 a 29 anos de idade. Adultos acima dessa faixa etária podem ser vacinados na rede privada”, finaliza a médica.

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