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31/05/2012 - 08:58

Falta de profissionais capacitados ameaça crescimento dos negócios em mercados emergentes

77% dos CEOs pretendem expandir operações na América do Sul, aumentando a possibilidade de um colapso de talentos.

São Paulo – A crise de talentos afeta o crescimento dos negócios em todo o mundo. O desafio é crescente em diversos países, especialmente nos mercados emergentes, aponta a 15ª Pesquisa Global CEO Survey, realizada anualmente pela PwC. O resultado mostra que os investimentos na capacitação de profissionais nas últimas décadas foram direcionados para as economias desenvolvidas, cujo crescimento desacelerou. Agora, é preciso alinhar o desenvolvimento de talentos com novas prioridades – como ampliar os negócios nos mercados emergentes.

Entre os CEOs entrevistados, 77% esperam expandir as operações na América do Sul, enquanto 83% miram o sudeste da Ásia. Para 59%, os mercados emergentes são mais importantes do que os desenvolvidos para o futuro de suas empresas.

“Os países que formam o BRIC, por exemplo, estão crescendo mais rápido do que os mercados maduros. As empresas não veem mais essas economias como fonte de mão de obra barata, mas como mercados consumidores importantes. As empresas estão avaliando estratégias para crescer e entrar nestes mercados, trazendo inúmeros desafios à área de Recursos Humanos”, pontua o líder de consultoria em gestão de pessoas, João Lins, sócio da PwC Brasil. “Quais serão as formas de retenção, como formar um novo pool de talentos, qual o mix entre expatriados e talentos locais será necessário, estes são alguns dos desafios no momento”, completa ele.

Escassez -Para os CEOs, a escassez de talentos é uma grande ameaça para o crescimento e rentabilidade dos negócios. Apenas 30% estão ‘muito confiantes’ de que encontrarão talentos adequados às necessidades da empresa nos próximos três anos. No entanto, grande parte dos CEOs diz que a falta de profissionais capacitados já provocou o adiamento ou cancelamento de um projeto estratégico (24%) ou a perda de uma oportunidade de mercado (29%) ou os impediu inovar de forma eficaz (31%).

“A questão real é: por que a lacuna de talentos permanece como um desafio, apesar de ser uma prioridade estratégica evidente há anos?”, questiona Lins. A pressão por talentos é sentida especialmente na América do Sul, Ásia e África. De acordo com ele, na medida em que estes mercados se expandem e se tornam cruciais para o crescimento dos negócios, aumenta a chance de um colapso.

O movimento para evitar um ‘crash’ já iniciou. O estudo aponta que 78% dos CEOs estão mudando as estratégias de gestão de talentos - dois terços dos entrevistados planejam gastar mais tempo no desenvolvimento de lideranças. “A área de Recursos Humanos também deve ser mais estratégica e exercer o papel de consultor da empresa, gerando ideias que possam ajudar as lideranças a tomar as melhores decisões e auxiliando no desenvolvimento de estratégias certas, incluindo àquelas para a entrada em novos mercados”, destaca.

Para suprir a escassez, as empresas estão focadas em desenvolver seu banco de talentos por meio do investimento em parcerias com governos e universidades para o desenvolvimento da força de trabalho – 78% dos CEOS dizem fazer investimentos diretos no desenvolvimento de talentos.

Além disso, mais da metade dos CEOs planeja movimentar profissionais de seu mercado de origem para novos mercados, com o objetivo de suprir a escassez de talentos. “Estes movimentos, se bem planejados, podem transferir, de forma eficaz, conhecimentos para o time local, desenvolvendo potenciais lideranças nestas regiões”, diz Lins. De acordo com a pesquisa, 29% dos gerentes seniores foram transferidos para novos mercados. Por outro lado, expatriar talentos de mercados emergentes para desenvolvidos por um período curto de tempo é uma boa forma de retenção.

“Apesar de os CEOs afirmarem que estão mudando as estratégias de gestão de talentos, é preciso saber se as mudanças serão inovadoras e competitivas nas próximas décadas”, diz. A pesquisa revela que mais de dois terços dos entrevistados não têm intenção de realocar operações para recrutar talentos nos próximos três anos. “Ao repensar a forma como recrutam e mantêm seus talentos as empresas podem se preocupar menos com os problemas e mais com as oportunidades de negócios”, finaliza.

Pontos fundamentais para o gerenciamento de talentos: . Alinhar a estratégia de recrutamento e retenção ao plano de negócios da empresa |.Olhar na direção que o negócio caminha e não onde esteve|. Garantir que a estratégia de desenvolvimento mantenha e alavanque a capacidade dos talentos gerarem valor |.Monitorar a evolução com informações e indicadores consistente.

Setores em que a contratação de talentos é mais crítica, na visão dos CEOs: Farmacêutico e ciências da vida - 51% |Seguros – 49%|Tecnologia – 48%| Healthcare - 47%| Automotivo – 46%.

Metodologia de pesquisa-Para a 15th Annual Global CEO Survey, foram feitas mais de 1.200 entrevistas em 60 países durante o último trimestre de 2011. Dessas, 91 entrevistas foram realizadas na Europa Ocidental, 440 na Ásia-Pacífico, 150 na América Latina, 148 na América do Norte, 88 na Europa Oriental e 53 no Oriente Médio e Ásia.

PwC -As firmas do network PwC assessoram empresas e indivíduos a criar o valor que eles buscam. Somos um network de firmas que atuam em 158 países com 169.000 profissionais que se dedicam a prestar serviços de alta qualidade em auditoria, consultoria tributária e de negócios. [www.pwc.com/br].

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