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02/06/2012 - 08:25

Pró-atividade na segurança

Em nosso País, a criminalidade encontra condições muito favoráveis para crescer e se multiplicar. O agravamento desta situação nas últimas décadas deve-se a fatores bem conhecidos:

Durante o governo militar, os presos políticos, convivendo com criminosos na prisão, passaram-lhes noções básicas de treinamento para militar e de guerrilha, contribuindo para o surgimento do crime organizado. Durante os mandatos do governador Leonel Brizola no Rio, as favelas deixaram de ser policiadas, criando-se territórios livres para o governo paralelo das quadrilhas. Esta simbiose ideológica entre os membros da antiga “esquerda revolucionária”, hoje presentes em altos postos do governo federal, e os criminosos, explica em grande parte a falta de combate à criminalidade pelos governantes bem como a permeabilidade das fronteiras ao tráfico de armas e drogas.

O tráfico constitui o principal suporte econômico do crime e facilita enormemente o aliciamento de jovens que não se dispõem a estudar e trabalhar para serem bem sucedidos. A impunidade, o baixo desempenho do aparato investigativo, a lentidão da justiça, a superlotação dos presídios e a leniência do código penal constituem outros tantos estímulos para o crescimento da bandidagem. A ganância, a exploração, a agiotagem e a depravação nas elites, bem como a indolência, o parasitismo e a ignorância que campeiam em largos estratos das classes baixas completam o quadro.

Diante disto, é ingênuo achar que nossa segurança poderá melhorar com ações meramente defensivas ou reativas. No Residencial Parque dos Príncipes, perto de 90% dos moradores contribuem mensalmente para manter um amplo esquema de segurança privada. O Residencial costuma ser bem mais calmo que os demais bairros da Capital. Mas, vez por outra, ocorrem verdadeiros surtos de assaltos em sequência. Entre agosto e novembro do ano passado houve uma notável calmaria no Parque. Em dezembro, porém, os assaltos a residências recomeçaram e foram se tornando mais frequentes até culminarem em oito roubos, dois furtos e duas tentativas de roubo frustradas somente em março deste ano.

Para conter esta escalada, a segurança privada foi reforçada com duas viaturas adicionais, os moradores foram insistentemente convidados a recorrerem à escolta e o número de escoltas realizadas subiu de 6.000 em fevereiro para 8.800 em março e 11.100 em abril. Foi solicitado um reforço do policiamento ao 16º Batalhão da Polícia Militar. Reconhecendo a gravidade das ocorrências, o comandante Tenente Coronel Ulisses Puosso enviou uma Base Comunitária Móvel para o Parque e ordenou maior frequência de patrulhamento por carros e motos da polícia.

O conjunto destas medidas trouxe bons resultados: os assaltos a residências, de oito em março, caíram para quatro em abril e apenas um em maio. Houve também várias tentativas de assalto, mas os meliantes se puseram em fuga sem realizar o intento, ao perceber que a ação havia sido detectada. Entretanto, os recuos momentâneos não impedem que os criminosos retornem, que as quadrilhas cresçam e bolem novas artimanhas, novas táticas e até novas estratégias para voltarem ao ataque.

Visando tornar a segurança mais consistente, a Associação dos moradores do Parque dos Príncipes está desenvolvendo projetos proativos, baseados nas mais avançadas tecnologias. Recentemente, reunidos em Assembleia Extraordinária, os moradores aprovaram a aquisição de um sistema com dezenas de câmeras de alta definição que irão intensificar extraordinariamente a vigilância em todo o Residencial. Ao mesmo tempo, foi aprovada a aquisição de câmeras OCR (Reconhecimento Ótico de Caracteres) iguais às que controlam o rodízio de veículos na Capital. Estas câmeras deverão ser operadas em parceria com a Polícia e se destinam a detectar qualquer veículo irregular (roubado ou com chapa clonada), que adentrar o Parque, possibilitando ações imediatas de perseguição e captura. O uso da tecnologia reduzirá o consumo de combustíveis, evitará deslocamentos desnecessários, automatizará muitos procedimentos e permitirá otimizar o trabalho dos agentes.

Serão feitas novas campanhas para conscientizar os moradores, a fim de que se tornem mais precavidos e evitem distrações ou situações que se transformam em oportunidades e facilitam as ações dos criminosos.

Para o monitoramento das câmeras, a Associação estuda a possibilidade de contratar policiais que foram gravemente feridos em combate, protegendo-nos e defendendo o que é nosso. Muitos deles, mesmo na condição de cadeirantes, se dispõem a continuar trabalhando pela segurança dos cidadãos, aplicando neste serviço toda a experiência adquirida em muitos anos de trabalho.

Por meio das atitudes pró-ativas descritas acima, a Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes tem por objetivo conseguir que as residências do Parque deixem de ser alvo dos criminosos, e espera realizar um trabalho exemplar de cooperação com a Polícia que se difunda também em outros bairros contribuindo para inverter a tendência de crescimento da criminalidade. Sobrará mais tempo para plantar árvores, cultivar amores e amizades e viver melhor a vida!

.Por: Winfried Ludewig, vice-presidente do Conselho Superior da Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes (APRPP). E-mail: [email protected]

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