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05/06/2012 - 08:25

Plantonistas da Alegria – bem-estar para os pacientes e humanização no ensino de medicina

“O riso só faz bem, expressa emoção e cria elos entre as pessoas” – Ana HelenaTibiriça Ramos Goldenstein, professora e psicopedagoga da FMP.

Se para um adulto a internação é uma situação complicada e difícil de lidar, para as crianças costuma ser pior porque não entendem ao certo o que estão passando. Em Petrópolis, Os Plantonistas da Alegria ajudam os pequenos pacientes, descontraindo o ambiente hospitalar. Com brincadeiras e histórias, levam a mente dessas crianças para longe do ambiente frio que é comum aos hospitais. O projeto, idealizado por alunos da Faculdade de Medicina de Petrópolis, atende pacientes da pediatria do Hospital Alcides Carneiro desde o ano passado.

“Trabalhar com histórias significa ‘viajar para um mundo imaginário’, com personagens e situações diversas do seu cotidiano, onde tudo é possível“, disse Ana Helena Tibiriça Ramos Goldenstein, professora e psicopedagoga da FMP que atua junto ao grupo orientando os estudantes. “O riso só faz bem, expressa emoção e cria elos entre as pessoas”, afirma a professora.

Pelo menos uma vez a cada 15 dias Giullia Bartolini e seus colegas do curso de Medicina vão ao Hospital Alcides Carneiros realizar intervenções artísticas. Giullia, de 21 anos, e mais quatro alunas são responsáveis pelo projeto Plantonistas da Alegria, que surgiu no início de 2011 quando duas integrantes do grupo, Laís Santana e Marta Coimbra, apresentaram a ideia à turma do segundo ano. Naquela época 45 alunos foram divididos em oito grupos e hoje são, ao todo, 109 participantes – alunos do primeiro e segundo ano dos cursos de Medicina e Enfermagem.

O objetivo dos Plantonistas da Alegria é fazer do hospital um ambiente lúdico e descontraído e, ao mesmo tempo, promover a humanização do ensino de Medicina. “Acho que o que o projeto mais ensina é como tratar as pessoas de uma forma mais humanizada”, explica Giullia. Sua experiência mais marcante em dois anos de projeto não foi com uma criança, mas com uma paciente adulta. “Ela chorava no corredor do hospital, e quando viu aquele monte de palhaços a abraçando, começou a rir e a agradecer. Vimos que não é só na ala pediátrica que causamos mudanças, mas em todo o ambiente hospitalar”, disse.

Cada grupo visita a ala pediátrica a cada 15 dias e o hospital recebe os Plantonistas ao menos três vezes por semana. Os estudantes levam sua Brinquedoteca, composta por brinquedos doados, e fazem atividades de leitura e teatro com as crianças internadas. Para participar do projeto, que não é atrelado a nenhuma disciplina, os alunos interessados devem passar por um processo de capacitação, que incluiworkshop sobre como atuar como palhaço e oficinas sobre higiene hospitalar e orientações pedagógicas. Uma única falta a uma das reuniões exclui o aluno do projeto.

Pesquisas recentes mostram que o tratamento dos pacientes costuma melhorar após o início das atividades de grupos como o que Giullia faz parte. Elas se tornam mais receptivas ao cuidado dos médicos e mais dispostas a alimentar-se. “São momentos de ganho de saúde física e psicológica”, afirma a professora Ana Helena. No entanto, a influência positiva do projeto não é percebida apenas nos pacientes. “Este tipo de projeto é fundamental para a formação destes estudantes e vai ao encontro da missão da Instituição, que é formar profissionais qualificados com capacidade de responder aos diferentes desafios da sociedade com criatividade, inovação, compromisso ético e humanístico”, analisa a professor.

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