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06/06/2012 - 10:49

A Dança das Cadeiras entre as Empresas Aéreas Brasileiras

A Azul Linhas Aéreas há algum tempo já vem ampliando seus voos no mercado doméstico, investindo principalmente nas rotas regionais e procurando alternativas para maximizar os seus resultados. Está fazendo isso sem uma disputa agressiva com a Tam, que buscou a fusão com a LAM Chilena, e a Gol, que, através da venda de uma pequena parte de suas ações à Delta Airlines, tenta expandir-se internacionalmente.

Ante a elevadacompetitividade do setor e já efetuando vários pedidos de aviões de pequeno porte à Embraer, a Azul, em um avanço estratégico, estabeleceu uma fusão com a Trip. Com isso, participa agora com cerca de 14% do mercado aéreo e se transformando na terceira empresa nacional, atrás apenas da Tam e Gol, deixando a quarta posição para a Avianca.

A preocupação do setor é com relação à minimização da concorrência em virtude da eliminação de players no mercado, mas, em outro ponto, a fusão pode garantir melhor atendimento nos voos regionais não tão lucrativos e que já não despertavam interesse dos dois principais concorrentes, que buscam voos em pontes aéreas e também internacionais.

A recente privatização dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos poderá modificar também o perfil aéreo por regiões que demandam voos e que hoje são pouco atendidas. Em alguns casos, as conexões acabam gerando uma demanda detempo que faz com que o usuário possa pagar ainda um preço alto, quando poderia ter voos diretos. Isso poderá passar a ocorrer com a nova fusão da Azul e aTrip.

O mercado aéreo ainda está muito turbulento, principalmente com aumentos dos custos de combustíveis, mão de obra, manutenção. Agora, com a privatização de aeroportos, os custos poderão aumentar, e o repasse às passagens poderá ser efetuado, mesmo buscando-se a redução de preços com estratégia mais coerentes com a necessidade do público em voar. A nova empresa formada pela fusão tem a missão de reduzir drasticamente os seus custos operacionais para manutenção dos preços e melhoria dos serviços no atendimento aos consumidores e ampliações dos voos regionais. Para as empresas menores, essas rotas podem representar uma lucratividade maior do que as de longo alcance.

.Por: Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de Ciências Contábeis daFASM (Faculdade Santa Marcelina).

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