LCA: desaceleração dos IGPs ao longo de junho

Expectativa de descompressão do IPA (sobretudo industrial), bem como de alimentos no varejo e dos custos da construção apontam para desaceleração dos IGPs ao longo de junho.

Resultados: o IGP-DI de maio ficou em +0,91%, taxa algo abaixo da registrada em abril (1,02%).

O IPA-Agropecuário mostrou desaceleração entre abril (+1,04%) e maio (+0,67%), com destaque para as deflações de milho, algodão, cana-de-açúcar, uva, maçã, laranja, mamão, ovos, bovinos e suínos. Os preços industriais no atacado também desaceleraram entre abril (+1,32%) e maio (+0,99%), em boa medida pela perda de fôlego em Produtos Alimentícios e Bebidas, Artigos do vestuário, Celulose, Papel e Produtos de papel, Produtos Químicos, Metalúrgica básica e Veículos automotores, reboques, carrocerias e autopeças. Com isso, o IPA passou de +1,25% em abril para +0,97% em maio.

Quanto ao IPC-DI, o índice repetiu em maio a taxa observada em abril (+0,52%), mas com mudanças relevantes em sua composição: com maiores pressões em Alimentação e Vestuário, e perda de fôlego por parte de Saúde e cuidados pessoais e Transportes.

Por fim, o INCC-DI de maio mostrou alta de 1,88%, taxa bastante superior à observada em abril (+0,75%), pois este indicador registrou (a LCA acredita) o pico anual dos gastos com mão de obra – motivado pela sazonalidade dos dissídios.

Impacto sobre projeções-O valor do IGP-DI esteve algo abaixo do esperado pela LCA (+0,94%) e da mediana da Bloomberg (+0,96%), esta última com um intervalo entre +0,85% e +1,20%.

A LCA projeta que o atacado mostre desaceleração ao longo de junho, predominantemente por conta dos produtos industriais. Já no caso do IPA-Agropecuário, a LCA também espera perda de fôlego, mas em ritmo mais modesto. Em adição, a LCA projeta diluição parcial das altas de alimentos no varejo e dos custos de mão de obra no INCC. Tudo isto aponta para desaceleração dos IGPs ao longo de junho.

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