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12/06/2012 - 10:21

Rio Capital da Energia tem projetos de R$ 500 milhões até 2015


Parceria do governo com empresas e entidades envolve 35 propostas para eficiência energética e economia verde.

O comitê estratégico do Programa Rio Capital da Energia conheceu no dia 11 de junho (segunda-feira), o detalhamento e o cronograma dos 35 primeiros projetos que serão desenvolvidos para promover a eficiência energética, a inovação tecnológica e a energia verde no Estado do Rio de Janeiro até 2015. A lista soma investimentos já assegurados de pelo menos R$ 500 milhões.

Os projetos foram escolhidos entre uma lista de propostas apresentadas ao longo dos últimos nove meses pelas empresas, universidades, associações e entidades de classe ligadas ao setor de energia, com sede no Estado do Rio de Janeiro, que são parceiras do Governo do Estado no desenvolvimento desse programa.

Criado por decreto do governador Sergio Cabral, em setembro do ano passado, e coordenado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, o Rio Capital da Energia tem o objetivo de mobilizar a sociedade e concentrar recursos em torno da energia sustentável.

Para tornar o programa viável, o governador convocou um comitê estratégico, formado pelos presidentes de todas as companhias com sede no Rio de Janeiro ligadas à área de energia, para se unirem às universidades e viabilizarem projetos nesta linha. A primeira reunião aconteceu em 31 de agosto de 2011. Nos últimos meses, um comitê executivo, composto por técnicos destas empresas, associações e universidades, se debruçou sobre as principais propostas, visando eliminar os obstáculos e criar um cronograma factível para colocá-las em prática, além de viabilizar recursos para isso.

Os projetos foram divididos entre quatro pilares que compõem a estrutura geral do programa, que são: a eficiência energética, a inovação tecnológica, a economia de baixo carbono e a massificação do conceito. A ideia é que cada um desses pilares possa ser replicado em quatro setores estratégicos: transporte, indústria, construção e comércio/serviços.

Considerando que o estado hoje concentra 80% da produção de petróleo nacional, 42% de gás natural, possui as únicas usinas nucleares do país, a maior concentração de usinas térmicas a gás e ainda uma série de novos projetos para geração e em inovação tecnológica na área de energia, o Rio de Janeiro já poderia ser considerado como capital brasileira da energia. O Programa Rio Capital da Energia assume o título e a vocação do estado para a energia e quer ir adiante, tornando o estado um centro de referência mundial da energia do futuro, lançando soluções de ponta para a eficiência energética, atraindo recursos para pesquisa e desenvolvimento de inovações tecnológicas e promovendo a energia verde.

- Queremos usar a energia do século XX para alavancar a energia do século XXI, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno em entrevista coletiva à imprensa.

Segundo ele, a carteira de projetos é dinâmica e novos projetos serão acrescentados ao longo dos próximos meses, na medida em que forem detalhados seus cronogramas e definidas as fontes de recursos para cada um deles. Além dos parceiros, frisou o secretário, outros empreendedores e até mesmo investidores estrangeiros estão sendo atraídos para fazer parte do programa.

Um exemplo disso é a tecnologia diesel-GNV, que permite redução de 20% nas emissões de gás carbônico e 80% de material particulado, desenvolvida em parceria entres três secretarias de Estado (Desenvolvimento, Transportes e Ambiente), Petrobras e Ceg. O projeto atraiu a atenção da MAN e da Bosch, que viabilizaram o ônibus com esta tecnologia para rodar já durante a Rio+20, com previsão de continuidade e expansão nos próximos anos.

- O Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda na área de energia e sustentabilidade. Temos que olhar para o futuro, desenvolver novas tecnologias, como esta do diesel-gás que altera a matriz energética positivamente, afirmou o secretário.

Também entre os projetos estão alguns emblemáticos para o Estado do Rio de Janeiro, como a instalação de painéis fotovoltaicos no Maracanã e em bibliotecas da rede pública, assim como a criação do Polo Verde do País, uma ação da Secretaria do Ambiente, que vai concentrar na Ilha de Bom Jesus – contígua à Ilha do Fundão - novos centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de empresas multinacionais. Seguindo o conceito internacional de "Green District", a área que receberá as empresas se distingue de outros polos tecnológicos por oferecer condições sustentáveis de aporte tecnológico em sua estrutura, que garantam maior eficiência energética. Outras zonas verdes já estão sendo preparadas.

Nesta mesma linha, a cidade de Búzios será a primeira cidade "inteligente" no Brasil, somando-se a outras quatro existentes no mundo. O projeto Búzios Smart City, em fase inicial de implementação pela Ampla, prevê, entre outros aspectos, a instalação de sinalização de trânsito com energia solar, lâmpadas de LED em toda a cidade e também asfalto com borracha a partir de pneu reciclado.

Essas e outras iniciativas poderão ser acompanhas pela sociedade no portal de notícias [www.riocapitaldaenergia.rj.gov.br]. Lançado pelo Governo do Estado, o portal pretende ser um dos instrumentos para massificar junto à sociedade o conceito de energia sustentável, principal foco do programa. Também está programada para novembro uma feira de tecnologia na área de energia, prevista para acontecer no Píer Mauá, para divulgar os atuais e novos projetos do Programa Rio Capital da Energia.

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