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14/06/2012 - 11:04

Uma exceção na festa

Uma festa mundial para comemorar a vontade humanista de preservar a natureza pode transformar-se em grande decepção política.

Levantar esta hipótese, agora, tem como único objetivo alertar para que o pior não venha a acontecer.

Sob a égide da ONU, o Rio receberá mais de 100 mandatários imbuídos do bem, e uma exceção onde se inclui um polêmico defensor do ódio e da discriminação.

Refiro-me, mais especificamente, ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, um opressor de minorias religiosas, negador do Holocausto e incentivador de movimentos terroristas e regimes genocidas.

Notório o vinculo iraniano com os movimentos Hezbollah, Hamas e o governo de Bashar al - Assad da Síria.

O Hezbollah foi julgado responsável pelo assassinato do então primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, em 2005, numa explosão que destruiu os carros de sua comitiva em Beirute.

Hariri era ferrenho defensor da retirada dos 20 mil militares sírios, aliados do Hezbollah, cuja presença ofendia a soberania libanesa.

O Hamas, que domina a Faixa de Gaza, expulsou, num golpe, os membros do partido Fatah e o presidente da AP-Autoridade Palestina - Mahmoud Abbas, em 2007. Após este evento, o Hamas permitiu que seu braço armado lançasse milhares de foguetes Qassam, e outros mais sofisticados, sobre a população civil de Israel.

Quanto ao governo sírio, apoiado moral e materialmente por Ahmadinejad, o mínimo que se pode dizer é que promove, em pleno século XXI, um genocídio contra seu próprio povo.

Bashar al - Assad agarra-se a uma cadeira ditatorial que tem como pernas a Rússia, China, Irã e os militares sírios.

Mais de 14 mil sírios já morreram em pouco mais de um ano de revolta popular, e a ONU mostra-se incapaz de colocar um ponto final, ou ao menos amenizar, à matança em andamento.

Aqui, na Rio+20, Ahmadinejad vem com o propósito de tentar mostrar que ainda tem amigos. Seus precursores preparam encontros e aparições, sob as luzes da mídia internacional, para que o iraniano demonstre tranqüilidade e pouco-caso com as sanções econômicas, aprovadas pela ONU, em retaliação ao seu misterioso programa nuclear.

É lamentável termos que assistir ao clima de festa e congraçamento mundial ser pervertido pela presença indesejável de um propagador do ódio e da perseguição às liberdades democráticas.

O mundo civilizado não merece!.

.Por: Osias Wurman – cônsul honorário de Israel no Rio.

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