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15/06/2012 - 09:01

Nível de emprego da indústria de transformação sobe 0,29% em maio

Para Paulo Francini, diretor do Departamento de Economia da Fiesp, percentual pode significar sinal de melhora, mas confirmação virá com sequência dos meses.

O nível de emprego na indústria de transformação paulista em maio registrou alta de 0,29% em relação a abril, na leitura com ajuste sazonal. No mês passado foram criados 21 mil postos de trabalho e, de janeiro a maio, a indústria gerou 38,5 mil empregos.

Os números de maio podem indicar uma melhora da atividade, mas a certeza de que a recuperação no segundo semestre se dará com os dados dos próximos meses, avaliou Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp).

“Esperávamos que alguma coisa melhorasse para indústria de transformação no segundo semestre do ano, em algum momento isso tem de começar a acontecer. Fica a indagação se este é o inicio de uma melhora da indústria de transformação. Os números do próximo mês deverá trazer mais luz”, afirmou o diretor da Fiesp/Ciesp ao divulgar os números em coletiva nesta terça-feira (15/06).

“Pode estar se construindo no segundo semestre um panorama de crescimento mais lento, menos agressivo, mas que pode oferecer para 2013 um panorama melhor para a economia”, disse o diretor, acrescentando que a indústria deve corresponder ao conjunto de medidas do governo em relação ao câmbio, juros e outros benefícios, mas não de maneira “estridente.”

No acumulado dos 12 meses, a pesquisa registrou fechamento de 79,5 mil vagas, o que indica uma queda de 2,94% comparativamente ao período anterior.

Do total de vagas criadas em maio, 16.773 são do setor de açúcar e álcool, o equivalente a uma taxa positiva de 0,64% no mês. Já a indústria de transformação foi responsável pela geração de 4.227 postos de trabalho no mês passado, com variação também positiva de 0,16%.

Com exceção dos anos da crise (2008 e 2009), este é o melhor maio para o emprego na indústria desde 2007, quando o índice apontou um ganho de 0,63%.

Expectativa -Na avaliação de Francini, a instabilidade econômica internacional, associada à persistente e aguda crise na Europa e ao desempenho econômico dos Estados Unidos abaixo do esperado, "diminui a capacidade de resposta da economia brasileira aos impulsos ou incentivos dados pelo governo".

A Fiesp deve revisar a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2012. No mês passado, a entidade revisou para baixo a estimativa de crescimento da atividade industrial paulista para este ano, passando de zero para uma queda de 2,1%. "A revisão da nossa estimativa provavelmente vai nos levar a um número menor que os 2,6% que tínhamos para o PIB [Produto Interno Bruto] anteriormente", completou Francini.

Setores e regiões -Das 22 atividades analisadas no levantamento, 11 apresentaram efeitos negativos, nove computaram variação positiva e duas ficaram estáveis. O setor de Impressão e Reprodução de Gravações computou a maior queda, com 0,7% em maio, seguido por Metalurgia e Móveis, com recuo de 0,7% e 0,6%, respectivamente.

O segmento de Produtos Alimentícios subiu 5,4%, enquanto o índice de emprego na indústria de Fabricação de Coque, Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis apurou ganho de 3,5% no mês passado.

A pesquisa mostra ainda que das 36 regiões analisadas, 22 apresentaram quadro positivo, 10 variação negativa e quatro regiões fecharam o mês estáveis.

A cidade de Jaú anotou a alta mais expressiva do mês, com variação positiva de 5,70%, impulsionada pelos ganhos em Produtos Alimentícios (15,44%) e Produtos de Borracha e Materiais Plásticos (1,20%).

O emprego na indústria de Araçatuba também fechou o mês com alta de 4,93%, estimulada pelo bom desempenho dos setores de Produtos Alimentícios (15,46%) e Confecções de Artigos do Vestuário, (4,65%).

Americana foi a cidade que apresentou a maior queda com taxa de 1,24% em maio, pressionada por Máquinas e Equipamentos (-2,51%) e Produtos Têxteis (-2,20%). A região de Taubaté registrou queda de 1%, sob influência negativa dos setores de Produtos de Metal Exceto Máquinas e Equipamentos (-5,47%) e Produtos de Borracha e Plástico (-2,04%).

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