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15/06/2012 - 09:13

Alta tecnologia mineira é destaque na coleção de Ronaldo Fraga na SPFW

Coleção apresenta lançamento da linha LUME, desenvolvida pelo CSEM Brasil e Fapemig, para iluminação impressa.

Aplicações em eletrônica orgânica e impressa chegam às passarelas mostrando a competitividade e potencial do Brasil no segmento

Desde o início, a tecnologia é aliada da moda na busca por diferencial e identidade. Retornando às passarelas, Ronaldo Fraga promove a ligação entre moda e tecnologia de ponta desenvolvida no Brasil, a partir da aplicação de lâmpadas eletroluminescentes nas peças desfiladas na 33ª edição do São Paulo Fashion Week. O material utilizado pelo estilista foi desenvolvido pelo Centro de Inovações CSEM Brasil, único local da América Latina onde esses dispositivos podem ser preparados em lâminas de grande comprimento e em volume, utilizando a tecnologia eletrônica orgânica impressa por rolos (roll to roll).

O lançamento da aplicação de dispositivos eletroluminescentes no design durante uma das maiores semanas de moda do mundo expõe a ascensão do Brasil no mercado de tecnologia de produtos de alto valor agregado, como painéis de iluminação impressa e células fotovoltaicas, utilizando os chamados polímeros orgânicos, dos quais os OLEDs (organic light emitting diodes) fazem parte. O baixo custo da tecnologia resulta também em alto fator competitivo em relação ao que já é desenvolvido na China, Estados Unidos e Europa, confirmando o papel determinante que a moda exerce no desenvolvimento econômico-industrial do país. Para Ronaldo Fraga, que volta às passarelas investindo em inovação aliada à cultura brasileira, o potencial de transformação do projeto vai ser sentido além da mundo da moda.“É realmente gratificante essa oportunidade de releitura da arte Marajoara, da pré-histórica brasileira, usando uma tecnologia de iluminação destinada ao futuro”, afirma.

A eletrônica orgânica e impressa é uma tecnologia recente que conjuga materiais orgânicos e técnicas de impressão para produção de eletrônica de menor custo. Umas das aplicações dessa técnica são as fitas flexíveis em plástico que emitem luz quando ligados à corrente elétrica, apresentadas na linha LUME, desenvolvida pelo CSEM Brasil com apoio da FAPEMIG. As fitas LUME podem ser utilizadas em inúmeras situações incluindo displays de eletrônicos como relógios, interiores de aviões e automóveis, placas comerciais e projetos de decoração. As lâmpadas eletroluminescentes apresentam extrema durabilidade, com vida útil de até dez mil horas, material flexível para diferentes aplicações e baixo consumo de energia através da utilização de materiais não agressivos ao meio ambiente, o que faz com que elas sejam consideradas uma tecnologia verde.

A possibilidade de desenvolver um mercado ainda pouco explorado no mundo, mas com muito potencial de crescimento é um dos impactos que o investimento em dispositivos eletroluminescentes pode trazer. Eles permitem ao Brasil a exploração de novos nichos de mercado, novas cadeias de valor e empregos além de atraírem novos investimentos. Para o diretor do CSEM Brasil, Tiago Alves, o investimento na tecnologia eletrônica orgânica impressa é uma oportunidade para o Brasil se destacar no cenário internacional com a consequente geração de novos produtos e empresas. “A eletrônica orgânica e impressa é a próxima oportunidade que não pode ser perdida pelo Brasil representando verdadeiro potencial de mudança de patamar econômico para a nossa indústria. Os trabalhos do CSEM Brasil em Minas Gerais caminham nessa direção em parceriais com centros de excelência no Brasil e no mundo. A primeira planta de protótipo da tecnologia já foi construída em Belo Horizonte e sua expansão já se iniciou na cidade da Ciência e do Conhecimento em Belo Horizonte, em parceria com a FIEMG-SENAI-CETEC-MG. A linha de produtos LUME inaugura essa nova capacidade produtiva do país”, afirma.

O CSEM Brasil foi criado em 2007 pelo CSEM S.A. da Suíça e a FIR Capital, com o apoio da FAPEMIG e do Estado de Minas Gerais para fornecer soluções tecnológicas inovadoras ao mercado e para a indústria, utilizando plataformas e experiências dos sócios, e desenvolvimentos em parceria com universidades e centros de P&D brasileiros e estrangeiros. O CSEM Brasil conta com laboratórios e linhas de prototipagem avançada e produção piloto para o desenvolvimento de componentes e sistemas, além de profissionais altamente qualificados com experiência em indústrias e instituições de primeira linha no Brasil e no exterior. Com aporte recente do BNDES de R$13 milhões para desenvolvimento de microssistemas e sensores com foco em ambientes hostis e aparelhamento para desenvolvimentos em nanotecnologia, microssistemas e sensores, o CSEM já soma aproximadamente R$30 milhões de investimentos em diferentes projetos para desenvolvimento de tecnologias inovadoras e transformação de pesquisas em produtos com alto valor agregado.

“O Governo de Minas identificou, no momento correto, o valor econômico e estratégico da Eletrônica Orgânica e Impressa para o estado e para o país. Esse projeto nos coloca na linha de frente do desenvolvimento mundial de dispositivos de iluminação e de geração elétrica por células fotovoltaicas”. Narcio Rodrigues, Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

“A Fapemig é uma das agências de fomento do Brasil que mais aposta na interface entre academia, tecnologia e os diversos setores da indústria. Nesse sentido, O CSEM Brasil tem sido exemplar trazendo excelentes resultados para Minas. O seu projeto de Eletrônica Impressa realmente é emblemático ao fundir nas passarelas da moda elementos mineiros de design, ciência e tecnologia”. Mário Neto Borges, presidente da Fapemig.

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