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15/06/2012 - 09:13

Paraguaios querem Ciudad del Este entre maiores do mundo

Para se tornar uma “cidade shopping” e voltar a ser o terceiro maior centro de compras do mundo, como era nos anos 1990, Ciudad del Este depende não apenas da ação de empresários e do poder público do Paraguai, como do apoio do Brasil.

E é em busca desse apoio e de mais divulgação positiva que empresários de Ciudad del Este participam, pela primeira vez, do 7° Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu.

“Turismo é status; e o turismo de compras em Ciudad del Este, apesar de todas as mudanças positivas, ainda precisa ser trabalhado”, afirma o secretário estadual de Turismo, Faisal Saleh, em entrevista coletiva na abertura da 1ª Feira Internacional do Turismo de Compras do Iguassu – Feturcom, evento paralelo ao festival de turismo, que foi aberto na quarta-feira no Rafain Palace Hotel.

O empresário Hammoud Charif, dono de várias lojas no Paraguai, entre elas a Monalisa, que existe há 40 anos, e representante do Centro de Importação e Comércio do Alto Paraná, diz que os comerciantes paraguaios sempre lutaram para haver esta união com os brasileiros e argentinos, para vender o Destino Iguaçu como “três em um”.

“Aqui é um dos poucos, senão único, lugar no mundo onde se pode tomar café da manhã num país, almoçar em outro e jantar no terceiro”, explica.

Na opinião do secretário municipal de Turismo, Felipe González, os comerciantes paraguaios, por meio de suas associações, devem trabalhar em conjunto com a Gestão Integrada do Turismo de Foz do Iguaçu, como faz a Argentina.

“Vamos reforçar a venda do Destino Iguaçu de forma integrada, com as maravilhas de Foz e de Puerto Iguazú – nossos parques, o complexo turístico Itaipu, os rios e o lago. Vamos vender nossa Las Vegas, os cassinos; e nossa Miami, Ciudad del Este, que não perde nada em termos de qualidade dos shoppings e dos produtos em relação a outros centros internacionais”, enfatiza o secretário.

O secretário Faisal Saleh reconhece a importância do turismo de compras, que na análise de Fernanda Fedrigo, do Instituto Polo Internacional Iguassu, permite vender o Destino Iguaçu para os turistas como um tripé de atrativos.

Compre um e leve três -Segundo Fernanda, a melhor propaganda para o Destino Iguaçu é “compre um e leve três”. Para ela, “o Paraguai precisa surfar na crista da onda, aproveitando o bom momento do Destino Iguaçu”.

Hoje, é a classe média brasileira que frequenta as lojas da cidade vizinha, e não mais sacoleiros e muambeiros como antigamente.

Hammoud segue a mesma linha. “O comércio paraguaio oferece produtos de qualidade e a preços mais baratos que nos países de origem, apenas uma semana depois de lançados em Nova York, Paris ou Hong Kong.

Mas ele brinca: “É claro que quem compra um Rolex por cinco dólares sabe o que está comprando. Isso existe aqui, em Paris, em Nova York e em todos os lugares”.

A venda de produtos falsificados é feita, geralmente, por camelôs, que se instalam nas portas de shoppings e grandes lojas, prejudicando o movimento de compradores.

Marginalidade e descaminho “sempre vão existir”, afirma Faisal Saleh, e isso é um problema para as forças de segurança. A grande questão, para o Destino Iguaçu, é que não seja esta a imagem que prevaleça, mas haja contrapontos favoráveis, como ocorreu recentemente com a eleição das Cataratas do Iguaçu entre as sete maravilhas mundiais da natureza.

Hoje, segundo Faisal, o governo do Estado trabalha em conjunto com o governo federal para uma atuação efetiva na faixa de fronteira do Paraná, que abrange 139 municípios. Para isso, está sendo desenvolvido o plano de desenvolvimento para toda essa área, que será apresentado à presidente Dilma e incluído no plano nacional.

O projeto Beira-Foz, diz o secretário, já é um reflexo desses estudos, que no Paraná são desenvolvidos por todas as secretarias estaduais, Polícia Federal, Receita Federal, Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Itaipu Binacional. Pelo projeto, Foz do Iguaçu “vai ficar de frente para o rio (Paraná)”, com a ocupação das barrancas por clubes, associações e hotéis, por exemplo, e com barcos transportando turistas por suas águas. “Mas tem que ter uma beira-rio no Paraguai também”, alerta Faisal.

Para completar, ele diz que a Ponte da Amizade tem que ser iluminada, embelezada, como um símbolo dessa mudança no turismo de compras em Ciudad del Este. E, claro, há necessidade de uma nova ponte ligando o Brasil ao Paraguai.

Faturamento-Há cerca de dez anos, o comércio paraguaio faturava aproximadamente US$ 12 bilhões por ano, mas grande parte disso era resultado do contrabando, não da venda. O dinheiro, na verdade, não beneficiava o Paraguai e nem o Brasil. “Hoje estamos ganhando mais do que nunca, porque a cidade e as lojas estão em obras. Estamos mudando o estilo de trabalho em Ciudad del Este para o que a região realmente precisa e merece”, finaliza.

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