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02/10/2007 - 09:09

Marilyn Monroe – O Mito


O Instituto Rio e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresentam a exposição “Marilyn Monroe – O Mito”, com exposição inédita traz 62 fotos do acervo do fotógrafo americano Bert Stern, que fez o último ensaio da atriz, seis semanas antes de sua morte prematura, aos 36 anos, em 05 de agosto de 1962. As fotos mostram que a grande deusa do cinema continua um ícone de sexualidade, e um mito incomparável, mesmo 45 anos após sua morte.

Bert Stern, um fotógrafo de Nova York que havia estado no Japão durante a guerra, trabalhado para a revista Look e agências de publicidade, sonhava com a possibilidade de desnudar Marilyn Monroe, o ícone da sensualidade de todos os tempos. Ao voltar de Roma, onde registrou Elizabeth Taylor no papel de Cleópatra, Stern tinha três perguntas prontas para seu agente. Marilyn Monroe aceita posar para ele? A Vogue quer as fotos? A revista já publicou um ensaio com a atriz? As respostas encadearam o momento: sim, sim e não.

Stern guardou os negativos até o início dos anos 1980, quando publicou livros fora dos Estados Unidos. Ano passado, algumas fotos dessa série foram vistas no Museu Maillol, em Paris. Foi quando o editor Geraldo Jordão Pereira, da Sextante, impressionado com a beleza e o impacto da mostra, decidiu trazê-la para o Brasil, como uma inédita maneira de carrear recursos para o Instituto Rio, que administra o fundo “Vera Pacheco Jordão”, o primeiro fundo comunitário do país, que realiza mais de 60 projetos sociais na Zona Oeste do Rio de Janeiro.  Será revertida para a instituição parte da receita do projeto “Marilyn Monroe – O Mito”, que envolve ainda a publicação de um livro com as imagens da exposição, texto do próprio Bert Stern e ensaio de Diógenes Moura, curador de fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

O fotógrafo Bert Stern estará presente à abertura da exposição no MAM Rio, para convidados, dia 9 de outubro. Três anos mais jovem que Marilyn, ele nasceu em 03 de outubro de 1929.

Intimidade e interação - Há uma energia nas fotos de Stern que revelam a sensação deliciosa do olhar, que acompanha a luz pelo corpo, sublimando o toque. Os nus clicados por Stern, entre pernas deixadas fora da cama, torsos e seios entrevistos por lenços transparentes, revelam segredos tão íntimos como uma cicatriz horizontal no abdômen, resultado de uma recente operação na vesícula, e as sardas indisfarçáveis sob a pouca maquiagem. Marilyn só havia posado nua antes sobre um lençol de cetim vermelho, em foto de calendário publicada no primeiro número da revista Playboy, no início dos anos 1950. Jamais fez outros nus.

Durante três dias e três noites de trabalho, o fotógrafo Bert Stern realizou um ensaio jamais igualado em sua sensibilidade, com as imagens mais inebriantes de Marilyn Monroe. Era primavera de 1962 e a suíte 261 do hotel Bel Air, em Los Angeles, trazia na luz filtrada pelas janelas o clima de intimidade e interação, completamente diferente dos estúdios de Hollywood. Foram mais de 2.700 cliques, dos quais Bert selecionou 2.571 imagens.

Em uma das últimas de suas fotos, Marilyn Monroe aparece em pose ingênua ao lado de Stern, contra o espelho, na cama da suíte do Bel Air. Stern tinha montado o set no salão da suíte e deixado o quarto com duas camas e banheiro para camarim. Sobre uma das camas ficaram as dezenas de lenços, as bijuterias e a mala de roupas da Vogue. No final, a equipe ficou toda reunida no salão, enquanto Stern e Marilyn fotografavam sozinhos no quarto, entre goles de champanhe. Ela nua e ele procurando transferir toda sua emoção para o equipamento. “Houve um momento em que pensei em ficar na cama, em tirar minha roupa. Mas levantei”, Stern conta. “Marilyn estava exausta, me chamou, e eu hesitei”. Stern fez a última foto da atriz adormecida no camarim improvisado, levantou-se da cama e encontrou a equipe esperando. Saiu para um passeio. Uma dessas fotos selecionadas para a exposição do MAM revela esse momento de descontração e intimidade, com sapatos de salto alto brancos displicentemente jogados ao chão, garrafa de vinho Château Lafite-Rothschild entre copos caídos e caixas de filmes vazias. Atrás do espelho, metade escondido, um rebatedor de luz.

Na verdade, houve uma primeira e tímida sessão de fotos topless na suíte 261 do Bel Air antes dos dias e noites tórridos do ensaio final. Para essa première, ela chegou sozinha, com cinco horas de atraso. Sem maquiagem, Marilyn pegou os lenços, sentiu sua textura e transparência e percebeu a intenção do fotógrafo. “Tenho uma cicatriz recente de cirurgia. Vai aparecer?”, ela perguntou. “Depende da luz. Mas pode ser retocada”, disse Stern. Os seios desnudados estavam aceitos. A Vogue imediatamente aprovou a série e pediu mais fotos a cores e muito mais fotos em preto e branco, para uma grande reportagem também sobre moda.

Stern estaria feliz com a publicação de uma foto de página inteira, como tivera com Liz Taylor. Um ensaio de oito páginas com fotos a cores e preto e branco estava além da sua pretensão. Mas consultou Marilyn e voltou a Los Angeles para os três dias que marcaram a história da fotografia. Em 1962, Bert Stern era conhecido pela qualidade de sua obra, por uma campanha agressiva de vodca e pelas estrelas que fotografava. Marilyn Monroe era um sonho para ele.

Os brasileiros terão agora a oportunidade única de apreciar o resultado do último ensaio fotográfico de Marilyn Monroe, o amor como a energia que ficou registrada nas fotografias que Stern captou naquela primavera e guardou por todos esse anos. “O amor flui através da objetiva”, como diz Stern. Os três dias de ensaio de Bert Stern para a Vogue começaram em 23 de junho. Marilyn morreu em 5 de agosto de 1962. A revista Vogue circulou no dia seguinte.

O Instituto Rio - O Instituto Rio é a primeira Fundação Comunitária do Brasil. Ao longo dos seus cinco anos, 72 projetos sociais foram aprovados, beneficiando diretamente mais de 20 mil pessoas. Técnicos de 39 organizações foram capacitados através de programas de gestão, resultados e impactos de projetos sociais, gerenciamento de voluntários e outras ações pontuais. Sua ação está focada fundamentalmente na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Além dos cursos de capacitação, as instituições atendidas pelo Instituto oferecem atividades diversas para as comunidades como cursos profissionalizantes, atendimentos médico e psicológico, entre outros, envolvendo um público diversificado que abrange crianças, jovens e adultos.

O resultado da venda do livro “Marilyn Monroe – O Mito” será aplicado integralmente nas ações sociais do Instituto Rio. Visite o site www.institutorio.org.br.

A mostra seguirá em itinerância para São Paulo, na Galeria Estação São Paulo, de 25 de janeiro a 25 de março de 2008, com curadoria de Diógenes Moura, curador de fotografia da Pinacoteca de São Paulo.

Marilyn Monroe – Pequena Biografia.:Provavelmente a mais celebrada de todas as atrizes de cinema, Marilyn Monroe nasceu Norma Jean Mortenson no dia 1º de junho de 1926, em Los Angeles. Antes do nascimento, seu pai comprou uma motocicleta e rumou a norte para São Francisco, abandonando a família. Marilyn cresceu sem a figura paterna, e sua mãe Gladys era instável, e teve vários relacionamentos. Glady deu a Norma Jean o nome de Baker, o nome de seu namorado antes de Morterson. A pobreza foi uma companheira constante de Gladys e Norma. Muito atraente, trabalhando para a RKO como montadora de filmes, Gladys sofreu de distúrbios nervosos e passou freqüentemente por instituições psiquiátricas, períodos em que Norma viveu em abrigos para menores. Aos nove anos, ela entrou para um orfanato onde ficou por dois anos. Em 1942, aos 16 anos, Norma Jean casou-se com James Dougherty, um operário de 21 anos. Um casamento que durou quatro anos, tempo em que Norma começou a fotografar roupas de banho já com os cabelos platinados.

O primeiro contrato de Marilyn Monroe foi com a 20th Century-Fox e valia 125 dólares por semana. Seu primeiro filme em 1947 foi uma ponta em “The Shocking Miss Pilgrin”. Em “Ladies of Chorus”, de 1948, ela contou duas músicas. Mas foi em 1950, com “O Segredo das Jóias”, da MGM, e “A Malvada”, da Fox, que Marilyn lançou-se em definitivo para o estrelato, em papéis de sensualidade marcante por sua beleza loira. “Torrente de Paixão”, “Os Homens Preferem as Loiras” e “Como Agarrar um Milionário” (1953). Depois vieram os grandes sucessos “O Pecado Mora ao Lado” (1955), “Nunca Fui Santa” (1956) e “O Príncipe Encantado” (1957), “Quanto Mais Quente Melhor” (1959).

Em 1960, Marilyn apareceu em “Adorável Pecadora” (1960), com Yves Montand e fez “Os Desajustados” (1961) com Clark Gable e Montgomery Cliff. Em 1962, Marilyn foi escolhida para estrelar “Something’s Got to Give”, mas seus atrasos acabaram em rompimento de contrato. Ela tinha 36 anos apenas e havia feito 30 filmes, todos de sucesso. Foi encontrada morta dia 05 de agosto de 1962.

. Exposição “Marilyn Monroe – O Mito”, de 10 de outubro a 25 de novembro de 2007, de terça a sexta, das 12h às 18h, sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h, no Museu de Arte Moderna (MAM), Av Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro (RJ). Ingresso: R$ 5,00, Estudantes, maiores de 60 anos e crianças de até 12 anos em grupos – R$ 2,00, Amigos do MAM e crianças de até 12 anos – Entrada gratuita. Aos domingos, ingresso família R$ 5,00. Telefone: (21) 2240 -4944 | * Curadoria: Geraldo Jordão Pereira| Realização: Instituto Rio | Produção: ARTVIVA Produção Cultural.

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