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02/10/2007 - 09:13

BNDES devem desenbolsar cerca de R$ 62,5 bilhões, em 2007

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caminha para encerrar o ano de 2007 com liberações em torno de R$ 62,5 bilhões. Atualmente, há um volume de R$ 90 bilhões em projetos já aprovados e desembolsos que nos últimos 12 meses atingem cerca de R$ 60 bilhões. Tomando por base o desempenho acumulado em 12 meses e a média de crescimento da taxa de investimento fixo direto no país, de 14% ao ano, as projeções para 2008 indicam que os desembolsos do banco poderão alcançar R$ 70,5 bilhões, para um total de investimentos do setor privado de R$ 125 bilhões.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reconheceu no dia 1º de outubro,que existe uma defasagem entre a demanda e a oferta. “Entre o volume de projetos aprovados e o volume de desembolsos existe um hiato de R$ 30 bilhões. Então, é natural que o desembolso suba. Nós vamos, certamente, aumentar o desembolso no ano que vem”. Durante almoço com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Coutinho ouviu a recomendação que “o BNDES deve acelerar as atividades, manter o suporte ao investimento que vem em ascensão”. “O BNDES não pode faltar à economia brasileira neste momento”, pediu Lula ao presidente do banco.

Ele admitiu, inclusive, a possibilidade de estabelecer como meta empréstimos no montante de R$ 100 bilhões até 2010, conforme teria sugerido o presidente Lula. “É claro que, se mantivermos a ascensão verificada nos últimos dois a três anos, ela (a meta) pode chegar nesse nível que o presidente mencionou. Mas eu não quero fazer um prognóstico ainda”, afirmou Luciano Coutinho. Ele preferiu manter-se conservador. E acrescentou que “gostaria de chegar lá, mas nós temos que trabalhar semana a semana, mês a mês”.

Coutinho frisou que o importante não é só o investimento financiado diretamente pelo BNDES, mas o investimento que o banco alavanca. Uma prova disso é o vigor do mercado de capitais, sinalizou. O importante, conforme acentuou o presidente do BNDES, é que o esforço do investimento seja compartilhado. “Que tanto o sistema bancário privado como o mercado de capitais ajude a financiar o investimento produtivo no Brasil, que precisa crescer para sustentar a economia brasileira, conciliando crescimento, estabilidade de preços com criação de oferta de novos produtos para prevenir gargalos que geram inflação”.

Para viabilizar maiores desembolsos daqui em diante, o presidente Lula teria priorizado o aumento do patrimônio do BNDES. Nesse sentido, Luciano Coutinho disse que deverá ser realizada uma operação com o Ministério da Fazenda e a Secretaria da Receita Federal visando a capitalização do banco, que deverá elevar o patrimônio de referência da instituição. “Nós estamos negociando e ainda não sabemos se isso será feito neste ano ou no ano que vem. Mas é algo em torno de R$ 3 bilhões. É uma das possibilidades que nós estamos em conversações com o ministro Guido [Mantega]”, revelou.

O presidente do BNDES acredita que ainda esta semana o ministério da Fazenda agende a operação. Ele acredita, contudo, que a data deverá ficar para o ano que vem.| Por: Alana Gandra /ABr

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