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15/06/2012 - 10:18

Cooperativismo e ascensão social


Os esforços do governo federal para acelerar a economia brasileira, com investidas nas reduções das taxas de juros, ampliação do crédito e incursões cirúrgicas nos impostos de segmentos industriais fazem parte do receituário econômico convencional.

Há mais de uma década, contudo, o perfil do trabalho mudou em todo o mundo. O crescimento da China, principalmente, com centenas de milhões de trabalhadores que necessitam de ocupação e de renda alterou os parâmetros de produtividade e de competição entre os países.

Temos, então, de pensar em algo novo para que o Brasil continue na trilha de ascensão social e econômica de milhões de pessoas. Não podemos perder esse ritmo de desenvolvimento.

Sem contar investimentos em infraestrutura, educação e saúde, que ainda carecem de quantidade e qualidade, há algo que deveríamos fazer já: fortalecer as atividades econômicas com o fermento social e igualitário do cooperativismo.

Afinal, 2012 é o Ano Internacional das Cooperativas, definido pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Não por acaso, essa escolha ocorreu quando os ventos da Europa já prenunciavam uma crise generalizada.

No cooperativismo a renda é partilhada entre todos, na justa medida do trabalho. Os donos dos negócios são os sócios cooperados.

Eles obedecem a princípios como livre acesso e adesão voluntária; controle, organização e gestão democrática; participação econômica dos associados; autonomia e independência; educação, capacitação e informação; intercooperação, e compromisso com a comunidade.

O que falta, então, para que as cooperativas aumentem seu grau de contribuição à sociedade brasileira, já muito expressivo na medicina suplementar, no agronegócio e no crédito, por exemplo?

Cumprir o que está determinado pela Constituição Federal de 1988: .no artigo 146, c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas;

. no artigo 174, § 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

Rapidamente, as cooperativas, que podem começar em um condomínio, rua ou bairro, por categoria profissional ou outras forma de associação, oxigenariam a economia brasileira, sem burocracia e com a flexibilidade exigida por uma economia globalizada.

Fala-se muito da necessidade que o país tem de recursos humanos mais bem preparados e treinados. Se tivessem mais facilidade para se agrupar e trabalhar, não faltariam profissionais, pois há milhões de jovens ávidos por ingressar no mercado de trabalho. As cooperativas são o melhor meio de abrir essas portas para colocar em prática conhecimento, criatividade e vontade de empreender novos negócios.

.Por: Mohamad Akl,Médico ginecologista e obstetra, presidente da Central Nacional Unimed

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