Complexo Viseu-Caex é o vencedor da licitação do Complexo Expoville

Além da construção de grande centro de convenções, ampliação fará do megacentro o maior pavilhão de exposições do sul do Brasil.

O Consórcio Viseu-Caex, formado pelas empresas catarinenses CAEX Empreendimentos e Participações Ltda., de Florianópolis, e Construtora Viseu Ltda., de Joinville, foi declarado vencedor da licitação para concessão onerosa do Complexo Expoville, um dos maiores e mais tradicionais centros de eventos de Santa Catarina.

A homologação do processo deve acontecer até o próximo dia 26, com a assinatura do contrato. A partir daí, a empresa terá noventa dias para detalhar o projeto executivo, que substituirá o projeto técnico apresentado até este momento.

Depois de realizados os ajustes determinados pelos técnicos da Prefeitura Municipal de Joinville e com a total aprovação dos novos projetos, serão emitidas as ordens de serviço e iniciadas as obras propriamente ditas – o que deve ocorrer entre os meses de setembro e outubro deste ano.

Cabe destacar que a agenda de festas e eventos que acontecerão no Complexo não será afetada, conforme explica a diretora presidente da Fundação Turística, Maria Ivonete Peixer da Silva: “Vamos ajustar o cronograma e definir a prioridade das obras para não prejudicar eventos como a Festa das Flores, que acontece em novembro”.

A manutenção da agenda também é sustentada pelo gestor do Consórcio Viseu-Caex, Carlos Miranda: “As obras acontecerão por blocos e etapas. O centro de eventos não será fechado em momento algum, já que o pavilhão é totalmente funcional”.

Maior pavilhão do sul do país -Ao conquistar a concessão onerosa da Expoville, o Consórcio Viseu-Caex adquire o direito de explorar comercialmente o complexo durante 25 anos. No decorrer desse período, o investimento mínimo que a empresa deverá fazer em melhorias do espaço, é de R$34.258.357,47.

Dentre todas as obras previstas, Carlos Miranda destaca duas como principais. A primeira é a reestruturação do pavilhão de exposições Nilson Bender, onde serão construídos dezessete auditórios com capacidade para acomodar até cinco mil pessoas, simultaneamente.

“Teremos uma grande plenária com capacidade para duas mil pessoas, além de outras salas de tamanhos diferentes. Todos os ambientes terão tratamento acústico e paineis móveis que garantem a versatilidade dos espaços”, explica Miranda.

O segundo grande empreendimento é a ampliação do megacentro. Dos atuais 11,4 mil metros quadrados, o ambiente passará a ter 18 mil metros quadrados tornando-se, assim, o maior pavilhão de exposições do sul do Brasil.

Área externa -Além dos pavilhões, toda a área externa da Expoville ganhará inúmeras melhorias com o objetivo de transformar o espaço em grande atração para a comunidade local, bem como para os turistas de lazer e de negócios que vêm à cidade.

Logo no acesso pela rua XV de Novembro, haverá um novo portal de entrada. A área será reurbanizada e terá o estacionamento – hoje com 3,5 mil vagas - realinhado. Para facilitar o acesso ao local, será implantada mais uma entrada para veículos na marginal da BR-101 – de frente para o pavilhão de exposições – e uma saída no sentido do bairro Glória, próximo ao Jeep Clube.

Ainda em relação à logística, Maria Ivonete explica que a ideia é incentivar a melhoria do transporte coletivo da região, com a implantação de novas linhas e paradas de ônibus.

Já o pavilhão Nilson Bender terá a sua área externa fechada com paredes de vidro e será construído um deck que vai ampliar o restaurante e propiciar área contemplativa para o lago.

E Miranda destaca: “No pavilhão Nilson Bender, teremos um grande restaurante interno que atenderá ao público de eventos”. Para os visitantes, haverá, ainda, outras duas opções externas de gastronomia: o restaurante do lago, que será totalmente reformado; e o do Moinho, com capacidade para 250 pessoas.

A ampliação das áreas de lazer é outro ponto fundamental estabelecido pela Fundação Turística. Para contemplar esse quesito, o Consórcio Viseu-Caex pretende utilizar a área do bosque para a implantação de trilhas, espaços para alimentação, aparelhos para exercícios físicos, reforma da área de automodelismo, além de uma casa para contação de histórias.

Carlos Miranda ressalta que, além das obras estruturais, o investimento a ser realizado pelo consórcio inclui a aquisição de mobiliário, ar condicionado, tapetes, cortinas, sistema de som, iluminação e, ainda, internet de alta velocidade e wireless em todo o pavilhão. “Futuramente prevemos disponibilizar internet gratuitamente também na área do parque”, completa.

Fomento ao turismo -Mais significativos do que os investimentos a serem realizados durante a concessão onerosa, são os resultados previstos para a cidade como todo. E Carlos Miranda afirma: “Joinville sofrerá um impacto positivo com a geração de empregos diretos e indiretos, profissionalização de mão de obra local e captação de grandes eventos locais e nacionais”.

Para tanto, o gestor conta com o trabalho integrado de aproximadamente 52 empresas do cluster de turismo de serviços e negócios, incluindo empresas de ônibus, vans, taxis, recepcionistas, tradução simultânea, restaurante, hoteis, equipamentos audiovisuais, entre outros.

“É uma grade miscigenada que atua na área de convenções. Vamos fomentar o desenvolvimento dessas empresas e capacitar profissionais de Joinville, por meio da parceria com escolas, cursos técnicos, faculdades etc”, diz.

Além de fomentar o turismo de negócios e atrair as famílias joinvilenses para atividades de lazer, a diretora da Fundação Turística pretende explorar todo o espaço disponível. “Estaremos preparados para receber grandes shows nos pavilhões e vamos aproveitar todas as áreas verdes para a montagem de festivais e eventos culturais”, prevê Maria Ivonete.

Evolução para Joinville -Para Maria Ivonete, a concessão onerosa da Expoville representa o segundo maior passo para o setor de turismo de Joinville, depois da própria construção do Complexo, na década de 70.

“Quando a Expoville foi construída Joinville foi precursora do turismo de negócios e eventos e exemplo para outras cidades como Blumenau e Florianópolis. Hoje, temos a oportunidade de, novamente, nos tornarmos referência oferecendo um espaço estruturado, moderno, respeitando questões fundamentais como acessibilidade e sustentabilidade sócio ambiental”, finaliza Maria Ivonete.