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19/06/2012 - 12:42

Projeto para medir e gerenciar as emissões de GEE do setor agrícola no Brasil

O secretário brasileiro de Mudanças Climáticas, o embaixador britânico e o presidente interino do WRI anunciarão o projeto durante a Rio+20.

Rio de Janeiro —O World Resources Institute (WRI, Instituto de Recursos Mundiais em português) e a Embaixada Britânica estão inaugurando uma parceria de dois anos que visa medir as emissões GEE no Brasil em níveis corporativos e agrícolas. As emissões agrícolas perfazem quase 20% das emissões no Brasil, e a produção desse setor está em ascensão. O projeto, baseado no Greenhouse Gas Protocol (Protocolo de Gases com Efeito Estufa), irá desenvolver as Normas de Contabilidade de GEE para a agricultura brasileira, o que preencherá uma lacuna importante, uma vez que o país atualmente não possui uma metodologia para contabilizar, reportar e monitorar as emissões em nível corporativo ou agrícola. O projeto servirá como medida de apoio para o cumprimento das metas estabelecidas no Plano Nacional sobre Mudança no Clima, o que inclui a medição de emissões agrícolas, para cima e para baixo na cadeia de valores, e aquelas resultantes do uso da terra.

“É uma honra anunciar o lançamento de um projeto que marca a continuação de uma parceria produtiva entre o World Resources Institute, o governo britânico e o Brasil, que vem contribuindo na medição, nos relatórios e no gerenciamento de emissões de gases de efeito estufa”, disse o embaixador britânico no Brasil, Alan Charlton. “O governo britânico está feliz por ter contribuído com essa iniciativa, que faz parte do empenho em se estabelecer uma economia de baixo carbono em níveis mundiais.”

O anúncio será feito durante o evento The Green Economy: Driving Business Value and Competitiveness (A economia verde: impulsionando o valor de negócio e a competitividade), organizado pelo WRI, que reunirá especialistas empresariais e legisladores locais e globais a fim de discutir oportunidades estratégicas dentro da economia verde, incluindo ferramentas para que as empresas e os legisladores meçam e gerenciem o impacto das emissões.

No momento, mais de 90 empresas brasileiras reportam voluntariamente suas emissões corporativas através do Protocolo de Gases com Efeito Estufa brasileiro, criado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), pelo WRI, o Ministério do Meio Ambiente e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Durante 2010 e 2011, o WRI e a FGV conduziram uma série de seminários abrangentes para que as empresas participantes pudessem compreender melhor a necessidade de diretrizes específicas para o setor agrícola.

“O Brasil é um dos países mais importantes no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável, com a agricultura no centro da economia e também da questão das emissões”, disse Manish Bapna, presidente interino do WRI. “Ao medir e controlar suas emissões, as empresas brasileiras podem ajudar a diminuir o impacto ambiental, ao mesmo tempo que identificam novas oportunidades de crescimento econômico e de corte de custos.”

O evento contará com uma palestra principal de Carlos Klink, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, parte do Ministério do Meio Ambiente do Brasil.

“O anúncio de hoje marca um passo importante a fim de ajudar o Brasil a cumprir suas metas de emissões”, disse o secretário Klink. “A agricultura forma a espinha dorsal de nossa economia, e continuaremos a trabalhar em conjunto com empresas brasileiras para progredirmos em direção a um futuro saudável, robusto e sustentável.”

Os objetivos do projeto de orientação agrícola são: estabelecer metodologias de alcance nacional para a medição e o gerenciamento de emissões agrícolas de GEE em níveis agrícolas e corporativos |.Capacitar as empresas brasileiras e fornecer metodologias para o desenvolvimento de estratégias de redução de emissões para a agricultura |.Integrar metodologias voltadas à agricultura ao Programa Brasileiro GHG Protocol, emergir registros compulsórios (ex: Amapá, Pará, Pernambuco e Mato Grosso) e voluntários (ex: Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná) de emissões de GEE e programas de relatórios.

No ano que vem, peritos do GHG Protocol irão trabalhar em conjunto com empresas brasileiras a fim de adaptar diretrizes internacionais aos problemas de emissões específicos do Brasil.

O World Resources Institute é um grupo de reflexão global que vai além das pesquisas e coloca ideias em prática. Trabalhamos com governos, empresas e a sociedade civil em prol de soluções práticas para os desafios ambientais e de desenvolvimento. [www.wri.org].

O Greenhouse Gas Protocol (Protocolo de Gases de Efeito Estufa) é uma colaboração global liderada pelo WBCSD (Conselho Mundial de Negócios para o Desenvolvimento Sustentável) e o WRI. Ele fornece a base para estratégias climáticas sustentáveis e organizações mais eficientes, resistentes e lucrativas. Os padrões do GHG Protocol são os instrumentos contábeis mais utilizados para medir, gerenciar e reportar emissões de gases de efeito estufa. [www.ghgprotocol.org ].

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